“A Mostra de Valencia — Cinema del Mediterrani acaba de anunciar o palmarés e Mosquito, realizado por João Nuno Pinto, arrecada dois prémios: Melhor Fotografia, para o diretor de fotografia, Adolpho Veloso, e Melhor Banda Sonora, para o músico Justin Melland”, adianta um comunicado enviado à agência Lusa.
O filme é uma produção da Leopardo Filmes, em coprodução com a Alfama Films Production (França), a APM Produções (Portugal), a Delicatessen Films (Brasil) e a Mapiko Filmes (Moçambique).
A nota de imprensa lembra que o “Mosquito” conta “já com um extenso percurso internacional, iniciado em janeiro deste ano, ao ser escolhido como o Filme de Abertura da 49.ª edição do IFFR — International FIlm Festival Rotterdam [Alemanha], onde integrou também a Seleção Oficial — Big Screen Competition”.
Desde essa data, a película de João Nuno Pinto “já foi selecionada para cerca de duas dezenas de festivais (na Europa, Ásia e América do Sul), estreou em Portugal e em França (com grandes elogios críticos), e tem também assegurada distribuição no Brasil, entre outros países”.
O comunicado adianta que este filme “foi, recentemente, nomeado com o candidato português aos Prémios Goya”, para a edição de 2021, a 35.ª deste festival de cinema ibero-americano que se realiza em Espanha e conta com 16 candidatos.
“Mosquito”, conta a produtora, centra-se na jornada do soldado Zacarias, um jovem português sedento por viver grandes aventuras heroicas durante a Primeira Guerra Mundial. Enviado para Moçambique, onde o conflito se desenrola longe dos olhares do mundo, o soldado vê-se deixado para trás pelo seu pelotão e parte numa longa odisseia mato adentro, à procura da guerra e dos seus sonhos de glória.
“Mosquito” vai buscar uma história do passado para nos confrontar com as escolhas do presente. Através da história do jovem soldado Zacarias, somos confrontados com o horror da guerra e a subjugação dos povos africanos pelos europeus através do domínio colonial”, assume o realizador.
E acrescenta: “O filme permite-nos conhecer um pouco melhor um pedaço esquecido da nossa história, a Primeira Grande Guerra em África, obrigando-nos a refletir sobre um período muito maior que foi o nosso direito em subjugar e “civilizar” outros povos que, convenientemente, considerávamos inferiores”.
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