“Mestre, espero que a sua longa viagem seja pacífica”, escreveu nas redes sociais Suga, da ‘boysband’ sul-coreana BTS, horas depois de a agência do compositor, commmons, ter anunciado que Sakamoto morreu a 28 de março.
Outras vozes do mundo da música juntaram-se às mensagens de pesar, como foi o caso de Yojiro Noda, da banda de rock japonesa RADWIMPS. “Tive a oportunidade de o ver duas vezes e ainda me lembro da sua forma amável de falar. Vou continuar a ouvir a sua música”, escreveu nas redes sociais.
“Estou em dívida para com Sakamoto de várias formas, tanto profissionalmente como em privado. ‘Senhor Iwai, continue a desempenhar um papel ativo’, disse-me. Estas palavras calorosas acabaram por ser as últimas que me dirigiu. O seu impacto é imensurável”, notou o realizador japonês Shunji Iwai, autor de filmes como “Fireworks” (2017) e “Hana e Alice” (2004).
Já o parceiro de Sakamoto no trio Yellow Magic Orchestra (YMO) Haruomi Hosono também lamentou a morte do pianista ao publicar uma fotografia cinzenta no Instagram. O mesmo gesto de Sakamoto a 11 de janeiro quando o terceiro membro da YMO Yukihiro Takahashi sucumbiu a um cancro.
Sakamoto, que tinha recuperado há uns anos de um cancro na garganta, confirmou no início de 2021 que sofria de cancro colorrectal. A evolução da doença tinha limitado as aparições públicas, concertos e entrevistas do músico nipónico nos últimos anos.
Premiado com um Óscar pela banda sonora do filme “O Último Imperador”, de Bernardo Bertolucci, Sakamoto foi um dos compositores japoneses mais internacionais da atualidade, com uma obra que abrangeu várias etapas, desde o sucesso da YMO até à composição de bandas sonoras.
Na composição para cinema destaque ainda para o filme “Merry Christmas Mr. Lawrence” (1983), no qual também interpretou o papel de um comandante de um campo prisional japonês durante a Guerra do Pacífico.
O último concerto de Ryuichi Sakamoto realizou-se a 11 de dezembro, em formato ‘online’, para que os fãs em diferentes fusos horários o pudessem ouvir.
Comentários