O álbum, já gravado, contará com a participação dos músicos brasileiros Rael e Emicida, com quem dividiu o projeto Língua Franca com Valete, mas as colaborações de artistas brasileiros não se ficarão por aí.
“Propus-me exercícios novos — sou muito consciente nessas ambições, nas propostas que faço a mim própria — propus-me fazer um disco mais solar, mas alegre, mais dançável”, disse.
A influência terá partido da experiência dos últimos dois anos com a gravação e edição do álbum com Língua Franca, dos concertos feitos no Brasil e no próprio consumo de música brasileira pela artista.
Capicua, nome artístico de Ana Matos Fernandes, nascida no Porto em 1980, é um dos nomes femininos mais conhecidos do hip hop nacional, com rimas engajadas em questões sociais e pessoais, como a condição feminina.
Em 2008 estreou-se com “Capicua Goes Preemo Mixtape”, seguindo-se a estreia em álbum com “Capicua”, em 2012.
Depois disso lançou nova ‘mixtape’ “Capicua goês west” (2013), o álbum “Sereia louca” (2014), o disco de remisturas “Medusa” (2015), o álbum-livro para crianças “Mão Verde”, com o guitarrista Pedro Geraldes, editado em 2017, e a participação no projeto Língua Franca (2017).
“Se não estivesse grávida, [o álbum] sairia em março”, disse.
Capicua falou à Lusa em Guadalajara, onde é uma das convidadas da programação cultural da Feira do Livro, dedicada este ano a Portugal.
A rapper apresentou na quarta-feira o concerto inédito “Capicua & mulheres da lusofonia”, com a cantora Sara Tavares e Eva Rap Diva, numa mistura de estilos e sotaques em torno da língua portuguesa.
Este foi o último concerto de 2018, antes de fazer uma pausa para a maternidade, e Capicua juntou no palco da feira a música urbana que se faz na lusofonia e só com mulheres. “É um ‘statement’ por si só”.
Comentários