“No dia 19 de dezembro fez 75 anos desde que o Coliseu foi criado, mas a ideia é, até dezembro de 2017, ter um ano de comemoração. É dentro desta lógica de festa que se inscreve o concerto de sábado. É como se a orquestra viesse, metaforicamente, cantar os parabéns ao Coliseu. É esse o espírito da iniciativa”, descreveu Eduardo Paz Barroso, presidente do Coliseu do Porto, em declarações à Lusa.
O responsável destaca ainda que o programa escolhido para o “Concerto de Aniversário”, agendado para as 21:30, é “acessível, de fruição agradável, transversal e familiar”, indo ao encontro da preocupação do Coliseu de atrair “pessoas que não frequentam, por regra, programações clássicas”.
“A proposta de programa é muito popular. Temos a Abertura de Guilherme Tell, de Rossini, a sinfonia n.º 5, de Beethoven e a sinfonia n.º 15 de Shostakovich. São aquelas manifestações da história da música extremamente catárticas, apelativas, comoventes, que funcionam bem numa sala como o Coliseu”, observou Paz Barroso, que na quinta-feira foi reconduzido para um segundo mandato de três anos na presidência do equipamento.
De acordo com o responsável, o programa “vai muito ao encontro das pessoas e do seu imaginário”.
Paz Barroso refere que o concerto de sábado corresponde à “primeira vez” que a Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música se apresenta no Coliseu, mas considera que “é um momento de exceção”.
“A orquestra tem uma casa própria, que é a Casa da Música. Mas a Casa da Música é das instituições que, provavelmente, mais têm colaborado com o Coliseu”, afirmou.
Uma vez que a intenção do concerto de sábado é “criar momento de uma festa”, as condições da bilheteira “são extremamente acessíveis”, assinala Paz Barroso.
“O objetivo é que, não estando o Coliseu em condições de oferecer o concerto, o disponibilize a condições extremamente acessíveis em termos de bilheteira”, acrescentou.
O preço dos bilhetes para as cadeiras de orquestra é de 30 euros e, na tribuna, é de 25 euros, refere o responsável, indicando a existência de 20% de desconto para menores de 12 anos, maiores de 65 anos, Amigos do Coliseu, estudantes de música e Amigos Casa da Música.
O Coliseu do Porto é, desde 1995, gerido pela Associação Amigos do Coliseu, que tem o Ministério da Cultura, a Câmara do Porto e a Área Metropolitana do Porto como os três maiores acionistas.
A associação foi criada para impedir a venda do Coliseu do Porto à Igreja Universal do Reino de Deus e a transformação do edifício num espaço para aquele culto religioso.
Classificado como Monumento de interesse Público a 02 de novembro de 2012, o edifício foi inaugurado a 19 de dezembro de 1941.
Cassiano Branco foi o arquiteto dirigente da obra do Coliseu, em colaboração com Júlio de Brito, e, de todos os arquitetos envolvidos na obra, foi provavelmente o que mais marcou o aspeto exterior do Coliseu, refere a instituição, na sua página da internet.
José Porto, Yan Wils, Charles Siclis e Mário Abreu foram outros dos arquitetos que colaboraram ativamente na construção do equipamento.
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