O curador francês Philippe Vergne foi o escolhido pelo conselho de administração da Fundação de Serralves para o cargo de diretor do Museu de Arte Contemporânea. O lugar estava vago desde a saída de João Ribas, em setembro do ano passado, após a polémica troca de acusações por causa de algumas fotografias do fotógrafo Robert Mapplethorpe.
Vergne, que assumirá as funções no Porto em abril, já passou por várias instituições de arte dos Estados Unidos e da Europa. Nos últimos quatro anos foi o diretor do Museu de Arte Contemporânea de Los Angeles (MOCA), nos Estados Unidos.
“O Museu de Serralves é um dos mais respeitados museus de arte contemporânea do mundo. É uma honra fazer parte de um museu cujo compromisso para com a comunidade artística internacional, nas suas várias disciplinas, é contínuo e rigoroso mantendo, ao mesmo tempo, os mais elevados padrões.”, diz Philippe Vergne, em comunicado da Fundação.
Há mais de um quarto de século que o francês tem concebido e organizado, quer como director ou como curador, “exposições monográficas e temáticas coletivas em grandes instituições de todo o mundo”, diz a Fundação.
“Philippe Vergne junta-se a Serralves com um profundo conhecimento da arte e cultura contemporâneas bem como da gestão de museus. Philippe Vergne, um notável curador, traz uma visão artística sólida e inspiradora não só para o Museu e para a Coleção, mas também para o extraordinário património da Fundação de Serralves e do seu parque histórico. Philippe Vergne é internacionalmente reconhecido entre artistas, profissionais de arte e patronos, e a sua nomeação abre um novo e significativo capítulo para Serralves, no excecional momento em que celebramos os 30 anos da sua criação”, elogia Ana Pinho, presidente do conselho de administração de Serralves, em comunicado.
Philippe Vergne, que deixará em março o cargo de diretor do Museu de Arte Contemporânea de Los Angeles, foi nomeado num "processo de seleção internacional, com entrevistas a candidatos de várias partes do mundo", ocupando o lugar assumido anteriormente por João Ribas.
Depois de ter sido escolhido em janeiro de 2018, também por concurso internacional, para diretor artístico do Museu de Arte Contemporânea de Serralves, no Porto, João Ribas apresentou demissão em setembro do mesmo ano, acusando a instituição de "violação continuada” da sua “autonomia técnica e artística”, no caso polémico da exposição de obras do artista Robert Mapplethorpe, acusações que a administração depois refutou.
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