O festival de dança, teatro e música vai juntar, também, artistas de Espanha, Itália, Grécia e Alemanha para valorizar “uma Europa dos artistas, alternativa às sempiternas abordagens económicas”, de acordo com o diretor do Théâtre de la Ville, o lusodescendente Emmanuel Demarcy-Mota.
“A arte e a sua partilha parecem-nos, mais do que nunca, indispensáveis para reafirmar o nosso desejo de estar juntos, de construir, de questionar, pela força da arte, um território comum, inventivo e de reflexão”, escreveu Emmanuel Demarcy-Mota no dossiê de imprensa enviado à Lusa.
O concerto inaugural “Lisbonne Paris”, a 14 de maio, vai juntar Camané e a realizadora, atriz e cantora francesa Agnès Jaoui num “encontro com ares de fado”, no Théâtre de la Ville-Espace Cardin.
A 14 e 15 de maio, também no Espace Cardin, a companhia Hotel Europa, que junta o português André Amálio e a checa Tereza Havlíková, vai apresentar o espetáculo “Portugal não é um país pequeno”, que “relata, no presente, o passado político e colonial” do país que teve “500 anos de presença em África, nomeadamente em Angola e em Moçambique”.
A 16 de maio, ainda no Espace Cardin, a coreógrafa Tânia Carvalho vai apresentar “Um Saco e uma Pedra – peça de dança para ecrã”, com música do compositor Diogo Alvim, na qual “ela enfrenta um novo desafio: imagina uma peça de dança que decidiu viver a sua própria vida e escolheu antes o ecrã do que o palco para se desenvolver”.
A 17 de maio, no Théâtre des Abbesses, Pedro Penim, do coletivo Teatro Praga, vai apresentar o espetáculo “before”, descrito como um “atlas da melancolia” que confronta “um tiranossauro pré-histórico e um psicanalista pós-moderno dotado de ceticismo”, num “diálogo acutilante e hilariante em que se encontra matéria para meditar sobre o futuro das civilizações e sobre as suas propensões para alimentar mitologias e fantasmas de impérios extintos”.
A 21 e 22 de maio, no Espace Cardin, a Companhia de Música Teatral vai apresentar “Babelim”, “um espetáculo interativo e lúdico”, destinado às crianças dos 18 meses aos sete anos – “e aos adultos que as acompanham” – com “piano, voz, instrumentos inventados”, a partir do termo “babelim” que “designa uma forma de comunicação baseada em sons, imagens e gestos que precedem a língua”.
Ainda de acordo com o dossiê de imprensa, durante o mês de maio, o compositor Diogo Alvim vai estar em residência na Cité Internationale des Arts para criar ‘Desk Job’, “um trabalho de cruzamento entre a música eletrónica ao vivo e as artes visuais”.
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