Os pianistas Maria João Pires, Artur Pizarro e Mário Laginha, as obras de Jorge Peixinho, Fernando Lopes-Graça e Constança Capdeville, a música do barroco e do classicismo português, a homenagem a José Afonso, e expressões que vão de Manuel Cruz a Paolo Novaes e Tomatito marcam a diversidade das propostas para 12 meses de programação.
Apresentada esta manhã, a programação de 2024 da Casa da Música volta a incluir os “já tradicionais” ciclos de jazz e de piano, sem esquecer a música barroca, um convite à dança, o destaque para orquestra sinfónica e a “forte aposta” no Serviço Educativo.
Para 2024, a Casa da Música apresenta como “principais novidades” as primeiras edições dos ciclos de concerto Future Rocks e Future Jazz, o Festival RTP/Antena 2 (em maio) e a apresentação das residências artísticas, com encomendas e estreias, com especial destaque para o compositor em residência, Vasco Mendonça, o maestro em associação, Nuno Coelho, o artista em residência, João Barradas, e o jovem compositor em residência, que será Sara Ross.
“Entendemos que era altura de fechar o ciclo de países temas [iniciado em 2007] e com algum sentido focar a música e os músicos portugueses, principalmente este ano em que se celebram os 50 anos do 25 de Abril, o maior acontecimento histórico do país no século XX”, explicou o diretor artístico da Casa da Música, António Jorge Pacheco, na conferência de imprensa de apresentação da programação para 2024.
A música popular vai ter também uma “presença significativa” na Casa da Música em 2024, com destaques para os espetáculos de Rui Horta/ Micro Áudio Waves, Best Youth, Manuel Cruz, Táxi e Marta Pereira da Costa, entre outros, no panorama nacional e, no âmbito internacional, nomes como EU.CLIDES, Paolo Novaes, Tomatito e os já habituais concertos do Misty Fest (em novembro).
Na programação da Casa da Música, destaque para a obra para piano de Sergei Prokofiev, pelos solistas Pedro Emanuel Pereira, Raul Costa, Rafael Kyrychenko, João Xavier e Artur Pizarro.
Janeiro começa com “Portugal 2024 À Nossa”, fevereiro é marcado pela narrativa “Invicta.Música.Filmes” e pelos concertos de Maria João Pires e Nitin Sawhney, os Concertos da Páscoa marcam o mês de março, assim como os espetáculos de piano de Seong-Jin Cho e OJM&Ricardo Ribeiro.
Em abril, domina a narrativa “Música e Revolução”, que lembra músicas de Jorge Peixinho, Fernando Lopes-Graça, Constança Capdeville e uma homenagem a José Afonso, terminando com o espetáculo do Serviço Educativo “Venham mais 300”.
Maio vai ser marcado pela narrativa “Rito da Primavera”, com seis recitais de música de câmara e a solo, as estreias dos três finalistas do Prémio Novos Talentos AGEAS, concertos da Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música, Marta Pereira da Costa, Júlia Pusker, Sean Shibe ou do Sonoro Quartet.
O programa “Verão da Casa” vai preencher os meses de junho, julho e agosto, com concertos, destacando-se Mário Laginha, Rui Massena, os ciclos Fora da Casa e Maratona de Violoncelistas, além de apresentações do Coro Infantil Casa da Música, entre outras propostas.
Para setembro, é feito um “Convite à Dança”, com bailados de Stravinski pela orquestra sinfónica dirigida por Stefan Blunier, com obras de Aperghis e Arnulf Herrmann, sob direção do maestro Enno Poppe, a que se juntam apresentações da Orquestra Barroca Casa da Música.
Outubro começa com uma “Viagem à Escócia”, com a apresentação da Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música, dirigida por Joana Carneiro e pelo acordeão de João Barradas, e a estreia a Norte do Concerto para Acordeão, de Luis Tinoco, que será estreado este fim de semana, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, pela Orquestra Metropolitana.
O festival Outono em Jazz é outro destaque da programação para o mês outubro, com um alinhamento a ser anunciado posteriormente.
Em novembro, a atenção vira-se para três concertos que percorrem obras dos períodos Barroco e Clássico, com música portuguesa dos séculos XVII e XVIII.
O último mês do ano, dezembro, será preenchido pela narrativa “Música para o Natal”, com a “deliciosa música” para a época de Rimsky-Korsakov e o “Messias”, de Handel.
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