Sérgio Godinho junta-se ao É Desta Que Leio Isto no próximo encontro, marcado para dia 20 de junho, uma quinta-feira, pelas 21h00. Consigo traz o seu romance "Vida e Morte nas Cidades Geminadas", editado pela Quetzal.
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Sérgio Godinho leva-nos a Guimarães e ao norte de França, em Compiègne, com "Vida e Morte nas Cidades Geminadas", o livro que marca o seu regresso ao romance. A trama desta história de encontros e desencontros centra-se em duas personagens: Amália, portuguesa, que canta fados em ré e tem o apelido Rodrigues, e Cédric, francês, que trabalha na morgue local. É nas cidades geminadas de Guimarães e Compiègne que vivem as personagens desta história de desencontros e coincidências que, apesar de decorrer na atualidade, atravessa várias gerações – e várias línguas.
"Tudo começa com um diálogo insólito, e já um pouco alcoolizado, do qual resulta a geminação de duas cidades. Uma em França; outra em Portugal - Compiègne e Guimarães. Com ela, aparecem também personagens que completam a ligação entre esses dois mundos que, antigamente, conheciam os trânsitos da emigração e da pobreza: todas elas vivem em redor de Amália (portuguesa, que canta fados em ré e tem o apelido Rodrigues) e de Cédric (francês, que trabalha na morgue local)", pode ler-se na sinopse da obra.
"Entre Amália e Cédric nasce um amor cheio de coincidências e dificuldades: nasceram no mesmo dia e no mesmo ano. Apesar de ela ter nascido em Guimarães (cidade de indústria e comércio no coração do Minho) e ele em Compiègne, partilham as mesmas perplexidades, a mesma busca por uma identidade e a mesma sede de amor, entrando em conflito com o passado e com o presente. O confronto é por vezes burlesco, por vezes enternecedor, mas também trágico, sombrio e multicolorido. São o humor e a graça que determinam como é a vida - e se pode escapar à lei da morte", é ainda descrito.
O SAPO24 publicou em fevereiro um excerto desta obra, que pode ler aqui.
Sérgio Godinho nasceu no Porto e aí viveu até aos vinte anos, altura em que saiu de Portugal. Estudou Psicologia em Genève durante dois anos, antes de tomar a decisão "para a vida" de se dedicar às artes. Foi ator de teatro e começou a exercitar a escrita de canções nos finais dos anos 1960. É de 1971 o seu primeiro álbum, "Os Sobreviventes", seguido de mais trinta até aos dias de hoje.
Sérgio Godinho é um dos músicos portugueses mais influentes dos últimos quarenta e cinco anos. Sobre si próprio disse: "Não vivo se não criar, não crio se não viver. Essa balança incerta sempre foi a pedra de toque da minha vida". O seu percurso espelha, precisamente, essa poderosa interação entre a vida e a arte.
Voz polifónica, Sérgio Godinho levou frequentemente a sua escrita a outras paragens. Guiões de cinema ("Kilas, o Mau da Fita"), peças de teatro ("Eu, Tu, Ele, Nós, Vós, Eles!)", séries de televisão, histórias infantojuvenis ("O Pequeno Livro dos Medos"), poesia ("O Sangue por Um Fio"), crónicas ("Caríssimas Quarenta Canções"), entre vários exemplos. Estreou-se na ficção com "Vidadupla", um conjunto de contos publicado em 2014, a que se seguiram os romances "Coração Mais Que Perfeito" e "Estocolmo".
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