O programa, concebido pela recém-inaugurada Casa do Cinema Manoel de Oliveira, dialoga com a exposição “Álvaro Siza in/disciplina”, atualmente no Museu de Serralves para celebrar os 20 anos daquele espaço, e leva ao auditório do museu um total de cinco filmes, três nacionais.
“O Arquiteto e a Cidade Velha”, um documentário de Catarina Alves Costa, vai ser apresentado pelas 18:00 de sexta-feira pelo próprio Siza, uma vez que este documenta a coordenação do projeto de recuperação da Cidade Velha, na ilha cabo-verdiana de Santiago, coordenada pelo próprio.
Primeira cidade fundada pelos portugueses em Cabo Verde, inicialmente chamada de Ribeira Grande, deu azo a um processo que “suscita na população local grandes expectativas quanto à melhoria das suas condições de vida”, aqui retratado na obra de 2003.
No sábado, é a vez de “A Dama de Chandor”, outro documentário, de 1999, realizado por Catarina Mourão e apresentado pela autora. “A Dama de Chandor e a sua casa confundem-se. […] Filme exibido em nova cópia restaurada digitalmente”, pode ler-se na apresentação.
Em formato 4K será apresentado, no domingo, uma cópia restaurada de “A Janela Indiscreta”, um dos grandes filmes de Alfred Hitchcock, apresentado por Nuno Grande e destacado como tendo “a arquitetura como personagem central” através do olhar do fotógrafo interpretado por James Stewart, que observa a vida de vizinhos pelas suas janelas.
“The Apartment”, filme de 1960 de Billy Wilder que venceu cinco Óscares e conta com Jack Lemmon como protagonista de uma intriga em torno de um apartamento, é apresentado por Luís Urbano pelas 18:00 de dia 11 de outubro, antes de o ciclo fechar com “Vale Abraão” (1993).
No sábado, dia 12, um dos mais conhecidos trabalhos de Manoel de Oliveira fecha o ciclo, cruzado aqui com o Portas Abertas, outro programa de cinema de Serralves, e a história de Ema e os três amantes com que se cruza ao longo da trama.
Patente até 2 de fevereiro de 2020, “Álvaro Siza — In/Disciplina” serve para comemorar o 20.º aniversário do Museu de Serralves, cruzando seis décadas de trabalhos, entre 1954 e 2019, da trajetória do arquiteto que recebeu o Prémio Pritzker em 1992.
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