O júri, presidido pelo antigo reitor Fernando Seabra Santos, destacou a originalidade, inovação, viabilidade de mercado e potencial criação de valor para a sociedade do projeto científico "ProRegen", desenvolvido "para potenciar a regeneração do sistema nervoso, onde é necessária a reparação da medula, atuando em lesões do sistema nervoso e em doenças neurodegenerativas, através da proteína Profilin-1 (Pfn1) que regula o esqueleto celular", refere, em comunicado, a Universidade de Coimbra.
O projeto "ProRegen", desenvolvido pelas investigadoras do i3S Mónica Sousa, Sara Sousa e Ana Rita Pinto Costa, ficou em primeiro lugar entre 23 projetos concorrentes.
Adianta que o projeto vencedor vai receber um prémio monetário de 20 mil euros "para avaliar ‘in vivo' (em ratos com lesão do nervo ciático ou com lesão medular) o potencial regenerativo da Profilin-1, uma proteína que regula a dinâmica do esqueleto celular, ativa após lesão".
Segundo as investigadoras do i3S, citadas na nota, os resultados laboratoriais demonstram que a Pfn1 é promotora do crescimento do axónio - o prolongamento do neurónio que estabelece a sua ligação a uma célula-alvo - com efeitos "robustos e surpreendentes".
"Caso seja bem-sucedida ‘in vivo', esta terapia poderá ainda ter aplicações em outras doenças, nas quais a regeneração é necessária. O apoio monetário poderá ainda traduzir-se num investimento suplementar de 30 mil euros, uma vez provada a sua viabilidade de mercado", acrescenta o comunicado.
Instituído em 2003, em parceria com a farmacêutica Bluepharma, o prémio bienal visa distinguir projetos científicos de excelência ao nível internacional na área das ciências da saúde, que apresentem elevado potencial de transformação em produtos ou serviços, com real interesse para a sociedade.
A cerimónia de entrega do Prémio Inovação Bluepharma / Universidade de Coimbra 2017 decorre na quinta-feira, às 12:00, na Sala do Senado da Reitoria da Universidade de Coimbra.
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