De acordo com os promotores, há pelo menos um milhão de consumidores LGBTI (Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transexuais e Intersexuais) no mercado nacional.
“Se somarmos o turismo LGBTI, acresce mais dois milhões de pessoas que nos visitam anualmente, o que perfaz uma estimativa de dois mil milhões de euros de receitas do setor”, diz em comunicado o novo grupo associativo.
A 11 de janeiro, a Variações, apresenta-se oficialmente em Lisboa, anunciando programas para promover Portugal, dentro e fora do país, como “polo comercial e destino turístico LGBTI de referência”.
Os empresários que se associaram com este fim inspiraram-se no artista António Variações (1944 – 1984) para denominar e criar uma estrutura que represente a diversidade do setor e da população, pretendendo ao mesmo tempo fomentar o “crescimento sustentado dos operadores económicos do setor”.
“O setor representa um nicho de mercado com mais potencial de crescimento a nível global e com uma rentabilidade acima da média”, lê-se no documento.
Bares, discotecas e hotéis integram a Variações, juntamente com guias de turismo, artistas, agentes culturais, empresas digitais e de design, marcas de moda e de roupa, consultores e advogados.
“Tal como António Variações somos pioneiros em Portugal”, afirmam os empresários, que tencionam fazer crescer no resto no país um segmento que está ainda muito concentrado em zonas urbanas.
“Representamos a variação de mercado com o maior crescimento a nível global registado nos últimos anos e o público com maior potencial de crescimento no território nacional na próxima década”, declara Diogo Vieira da Silva, membro fundador e diretor executivo da associação, numa nota enviada à comunicação social.
No primeiro ano de atividade, a Variações pretende lançar a campanha “Proudly Portugal” (Orgulhosamente Portugal) para organizar e estruturar a oferta e promover o país na área internacional de eventos LGBT, preparando assim a candidatura portuguesa à organização do Europride em 2021.
O evento, segundo a associação, tem capacidade para atrair mais de meio milhão de visitantes à cidade anfitriã.
Está também no horizonte a criação de um comité empresarial para incentivar a diversidade e inclusão como “motor de vantagem competitiva” para todos os negócios.
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