O Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB, na sigla em inglês) dos Estados Unidos divulgou esta terça-feira o motivo que terá provocado a queda do helicóptero que vitimou Kobe Bryant, a sua filha Gianna e outras sete pessoas, noticia o The Guardian.
Bryant e a sua filha de 13 anos, Gianna, e seis outros passageiros, além do piloto, voavam de Orange County para um torneio de basquetebol juvenil na Academia Desportiva Mamba, no Condado de Ventura, a 26 de janeiro de 2020, quando o helicóptero se deparou com uma densa névoa no Vale de San Fernando, a norte de Los Angeles.
Robert Sumwalt, presidente do NTSB afirmou, durante a audiência para apurar as causas prováveis do acidente, que o piloto Ara Zobayan estava a voar de acordo com as regras de visibilidade, o que significava que estaria proibido de voar entre as nuvens, o que foi feito.
Segundo o relatório, posteriormente, a aeronave terá ficado descontrolada, acabando por se despenhar nas colinas do sul da Califórnia, matando todos a bordo.
O piloto terá indicado aos controladores aéreos que o helicóptero estava a tentar subir de uma zona nublada, mas na realidade, segundo um relatório de junho, estava a descer, acabando por colidir com uma colina. O erro poderá dever-se, contudo, a desorientação espacial relacionada com a pouca visibilidade.
O helicóptero em que Bryant estava a voar não tinha o sistema que a NTSB recomendou como obrigatório, mas que a Administração Federal de Aviação apenas requer em ambulâncias aéreas.
O investigador responsável da NTSB, Bill English, afirmou que o sistema, conhecido como Taws, provavelmente não teria sido útil no cenário em que o helicóptero de Bryant se despenhou. O terreno montanhoso, combinado com a desorientação espacial do piloto nas nuvens, teria sido "um factor de confusão" e “o piloto não sabe para que lado está a subir", afirmou o investigador.
Os investigadores federais disseram que Zobayan, um piloto experiente que muitas vezes pilotava Bryant, pode ter "percebido mal" os ângulos de descida, o que pode ocorrer quando os pilotos ficam desorientados em baixa visibilidade, de acordo com documentos do NTSB.
O acidente gerou vários processos judiciais. Vanessa Bryant processou Zobayan e as empresas que detinham e operavam o helicóptero por alegada negligência e pelas mortes, enquanto as famílias de outras vítimas processaram as companhias de helicópteros, mas não o piloto.
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