"Um suposto homem suicida detonou [nesta terça-feira] um veículo-bomba perto de um posto de controlo do exército" nos arredores de Bannu, na província montanhosa de Khyber Pakhtunkhwa, na fronteira com o Afeganistão, declarou à AFP um oficial de inteligência em condição de anonimato.

Na sequência, os "seus cúmplices abriram fogo" e "dez soldados morreram e outros sete ficaram feridos", acrescentou.

Mursaleen Khan, um agente da polícia local, acrescentou que "houve troca de tiros" e as forças de segurança isolaram a área.

Uma facção do grupo talibã Hafiz Gul Bahadur reivindicou o ataque horas depois.

No dia anterior, também nos arredores de Bannu, "sete polícias foram sequestrados e levados para um destino desconhecido", declarou à AFP um alto cargo da polícia em condição de anonimato.

"Homens armados cercaram um controlo policial na região de Bannu e apoderaram-se das armas dos polícias", acrescentou.

Cerca de 24 horas mais tarde, um segundo agente, Muhammad Zia ud-Din, declarou à AFP que "todos os polícias sequestrados foram libertados".

Na segunda-feira à noite, "homens armados atacaram um posto de controlo dos guardas fronteiriços na região de Tirah", também na província de Khyber Pakhtunkhwa, disse um oficial de inteligência em condição de anonimato.

"As trocas de tiros entre ambas as partes duraram muitas horas", assegurou a fonte, que citou um balanço de "oito soldados mortos" e de "nove agressores mortos e outros sete feridos".

O ataque foi reivindicado pelo movimento talibã paquistanês TTP, formado durante a guerra no Afeganistão e com a mesma ideologia do grupo que retomou o poder no país vizinho desde 2021.

Em comunicado, o TTP garantiu que a ação foi uma resposta a uma operação das forças de segurança contra um dos seus combatentes.

O Paquistão, uma potência nuclear fronteiriça com o Afeganistão, enfrenta um aumento de ataques do TTP, cujos combatentes mataram dez polícias no dia 25 de outubro.

O país de 240 milhões de habitantes também sofre com a violência separatista na região do Baluchistão, na fronteira com o Irão. No sábado, sete soldados morreram na região em ataques de separatistas. Uma semana antes, um atentado do mesmo movimento deixou 26 mortos, entre eles 14 soldados, numa estação de comboio.