A saída de José Nunes Adelino da administração da Gulbenkian, onde tinha o pelouro financeiro, "entre outros", foi noticiada hoje à tarde pelo jornal Público, e será concretizada no próximo mês de julho, a cerca de um ano do termo do mandato, depois de renovado em 2019.
Professor catedrático de Finanças da Nova School of Business and Economics da Universidade Nova de Lisboa, de que foi diretor, José Nunes Adelino é administrador executivo da Fundação Calouste Gulbenkian desde 19 de fevereiro de 2014, tendo sido diretor do seu Serviço de Finanças e Investimento de 2012 a fevereiro de 2014, e membro da Comissão de Investimentos da Fundação desde que foi constituído, como indica a página do conselho de administração da Gulbenkian.
Doutorado em Finanças pela norte-americana Kent State University, José Manuel Trindade Neves Adelino, de 69 anos, foi administrador não executivo do antigo Banco Português do Atlântico, da EDP, da Cimpor, da Sonae SGPS, tendo também feito parte do conselho consultivo global e da comissão de remunerações desta 'holding'. Esteve ainda no conselho estratégico da antiga PT e foi membro do conselho fiscal do BPI, segundo o seu currículo, tendo a sua entrada na administração da Gulbenkian ocorrido durante a presidência de Artur Santos Silva (2012-2017).
Professor convidado do Bentley College, em Massachusetts, Estados Unidos, no final da década de 1980, ao longo do seu percurso "teve experiência de comissões de investimento em fundos de pensões, gestores de carteiras e fundos de 'private equity'", como se lê na página da Gulbenkian.
O conselho de administração da Fundação Calouste Gulbenkian é presidido por António M. Feijó, eleito para o cargo em dezembro de 2021, sucedendo a Isabel Mota.
A administração integra ainda os administradores executivos Martin Essayan, Guilherme d’Oliveira Martins e António Cruz Serra, e os administradores não-executivos Cristina Casalinho, Graça Andresen Guimarães, Jorge Vasconcelos e Pedro Norton.
A Fundação Calouste Gulbenkian é uma instituição sem fins lucrativos criada em 1956 com bens do mecenas arménio Calouste Gulbenkian (1869-1955), cujas principais atividades são exercidas em quatro áreas estatutárias: arte, beneficência, educação e ciência.
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