“Tivemos informação hoje mesmo durante o dia que a situação não só se manteve, como até se agravou, ao ponto de o hospital deixar de receber ambulância encaminhadas pelo INEM. Neste momento estão a ser encaminhadas para outros hospitais”, adiantou à agência Lusa o presidente do STEPH.
Segundo Rui Lázaro, esta situação é “recorrente” nas urgências do hospital que serve atualmente uma população estimada em cerca de 350 mil habitantes dos concelhos de Almada e Seixal.
A retenção de ambulâncias nas urgências do Hospital Garcia de Orta devido à falta de macas “tem acontecido todas as semanas, umas vezes mais, outras vezes menos, mas ontem [segunda-feira] atingiu um ponto que é inadmissível”, lamentou o dirigente sindical.
De acordo com Rui Lázaro, no turno da tarde de segunda-feira diversas ambulâncias “estiveram retidas na urgência do hospital Garcia da Orta por falta de macas” durante várias horas, levando mesmo a que alguns “profissionais tenham passado o turno todo no hospital à espera da maca”.
Fonte do hospital adiantou à Lusa que “não há macas retidas” nas urgências, mas admitiu uma grande afluência de doentes nos últimos dias, uma situação agravada com o grande número de pessoas que permanecem internadas após terem alta clínica, o que limita o número de camas disponíveis para internamento das pessoas que chegam pela urgência.
Segundo a mesma fonte, a urgência geral do centro hospitalar de Setúbal “está encerrada” a ambulâncias enviadas pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) “de dentro e fora da sua área” e a do Barreiro está “fechada para ambulâncias de fora de área”.
Perante isso, o Garcia de Orta está a “funcionar normalmente” apenas para doentes de Almada e do Seixal, mas “fechou para fora de área”, adiantou.
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