Na cerimónia esteve presente a sua mulher Ayse Burga, que perante a Assembleia parlamentar leu uma carta escrita na prisão pelo seu marido, onde reconhece a honra do prémio e o dedica a todos os compatriotas que estão na prisão por motivos políticos.
O Tribunal europeu de direitos humanos solicitou em 2019 a libertação de Kavala, advertindo ainda que o seu caso servia de instrumento de dissuasão para outros ativistas, apesar de as autoridades da Turquia não terem efetuado a mínima concessão.
“O mais importante é não perder a esperança”, proclamou o ativista e filantropo no texto. Isso significa, acrescentou, “não fechar os olhos face aos horrores do mundo”, porque “apenas quem não perde a fé e a esperança pode ver os horrores do mundo com autêntica claridade”.
Kavala junta-se a uma lista de premiados que em 2022 incluiu o político opositor russo Vladimir Kara Murza, e que também inclui os nomes de outros defensores dos direitos humanos, como a iraquiana yazidi Nadia Murad e o bielorrusso Ales Bialiatski, ambos reconhecidos posteriormente com o prémio Nobel da Paz.
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