Fonte parlamentar disse à agência Lusa que entre os 50 deputados, num total de 230, estão o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, deputados do PS, PSD, PCP, PEV e uma das duas deputadas não inscritas.
Neste grupo de 50 deputados, de acordo com a mesma fonte, está pelo menos um dos quatro vice-presidentes da Assembleia da República António Filipe (PCP), não constando entre eles José Manuel Pureza (Bloco de Esquerda), que prescindiu de ser vacinado nesta fase.
Hoje, o PCP indicou ao presidente da Assembleia da República dois dos seus 10 deputados para a vacinação contra a covid-19, António Filipe e Ana Mesquita, pelos cargos essenciais que ocupam no funcionamento do parlamento.
Numa nota enviada à imprensa, o PCP lembra a sua posição sobre a matéria, considerando que "há órgãos do Estado cujas atribuições e competências específicas são relevantes no combate à epidemia" admitindo, por isso, a vacinação dos titulares desses órgãos "em função de critérios de saúde e das suas atribuições e competências específicas".
"Foram esses os critérios que levaram a que o PCP, nesta fase, tenha indicado para vacinação apenas os seus deputados que integram a Mesa da Assembleia da República, o vice-presidente da AR António Filipe e a secretária da mesa Ana Mesquita", refere o partido.
Os titulares de órgãos de soberania, deputados da Assembleia da República, membros dos órgãos das regiões autónomas e presidentes de câmara, enquanto responsáveis da proteção civil, vão começar a ser vacinados na próxima semana.
No início desta semana, o primeiro-ministro enviou "cartas aos órgãos de soberania para que estabeleçam as prioridades para inoculação em cada um dos serviços".
O Bloco de Esquerda defendeu hoje que apenas deve ser dada prioridade ao presidente da Assembleia da República na vacinação contra a covid-19 e recusa que sejam vacinados os seus deputados.
Esta foi a posição do BE transmitida ao presidente do parlamento, Ferro Rodrigues, que hoje deverá informar quem deve ter prioridade a ser vacinado na Assembleia da República.
Na carta, os bloquistas defendem que "a vacinação dos titulares de altos cargos públicos deve ser bastante circunscrita" e que, no caso do parlamento, "a prioridade deveria ser atribuída apenas ao presidente da Assembleia da República".
Desta forma, a bancada do BE "entendeu, em decisão unânime, não participar no plano de vacinação prioritária a realizar na Assembleia da República".
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