"A APCOR colocará todos os recursos possíveis para dialogar com o Governo em particular, mas com todas as autoridades nacionais e regionais para, em cada momento, conciliar a melhor solução para o presente e para o futuro da vida das empresas e por maioria de razão dos seus trabalhadores", afirmou a associação num comunicado a propósito dos efeitos da Covid-19.
A organização empresarial prometeu combater "sem tréguas" a pandemia que o país enfrenta, e também "com o dever de proteger o futuro das empresas e dos trabalhadores".
No comunicado, a APCOR informou que a atividade produtiva dos associados mantém-se, mas disse que "é expectável que o decréscimo em setores importantes como o turismo e a restauração venha a ter impacto" no setor.
"A nossa prioridade é proteger todos os nossos 'stakeholders', a começar pelos nossos colaboradores, que têm tido um sentido de responsabilidade determinante, e os nossos clientes", afirmou.
Para tal, além da constante monitorização da situação e da rápida implementação das medidas preconizadas pelas autoridades, o setor está a aplicar há várias semanas um conjunto de medidas para evitar a propagação da Covid-19, como quarentenas voluntárias para quem regressou do estrangeiro.
Entre as medidas preventivas mais recentes está o desfasamento de horários para evitar aglomerações de pessoas e restrições de visitas externas às unidades de produção, assim como o reforço da desinfeção de pontos chave das instalações das empresas.
Para a APCOR, as empresas portuguesas do setor da cortiça "têm uma enorme responsabilidade em manter a integridade das cadeias de fornecimento" de que dependem os seus clientes.
"A indústria de cortiça exporta produtos e aplicações para um enorme número de setores de atividade em todas as geografias e, se, em alguns setores a desaceleração já existe, há outros onde os clientes nos pedem que asseguremos a continuidade das operações de produção", salienta o comunicado.
Segundo a APCOR, as medidas de apoio às empresas anunciadas pelo Governo "serão um instrumento fundamental no apoio ao período que se avizinha".
"Só com esse apoio público será possível a um conjunto alargado de empresas, fazer face às suas responsabilidades, manter o emprego e o seu funcionamento mais próximo do pleno possível e no futuro retomar da atividade económica internacional", considerou.
A APCOR representa 278 empresas, responsáveis por 80% do volume total de negócios do setor e 85% das exportações portuguesas de cortiça.
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