"Na Europa, estamos nas últimas etapas de submissão" de dados de ensaios clínicos à Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês), disse à revista alemã Spiegel o cofundador e diretor da empresa Ugur Sahin, acrescentando que a validação deverá demorar entre quatro a seis semanas.
Esta vacina está atualmente autorizada apenas para pessoas com 16 anos ou mais.
O ministro alemão da Saúde, Jens Spahn, considerou que os jovens com mais de 12 anos poderão ser também vacinados "o mais tardar durante as férias de verão", uma vez obtida luz verde das autoridades sanitárias europeias.
"Conto também com uma autorização rápida" na União Europeia, afirmou.
"Ajudaria muito se fosse concedida essa autorização para maiores de 12 anos", assegurou, justificando com o número elevado de contágios nas crianças e jovens entre os seis e os 20 anos.
Nos Estados Unidos, a BioNTech e a sua parceira Pfizer apresentaram já no início do mês um pedido de extensão da autorização em emergência da vacina em adolescentes dos 12 aos 15 anos.
Os pedidos de autorização baseiam-se nos dados dos ensaios clínicos de fase 3 nesta faixa etária, publicados em março, que “demonstraram uma eficácia de 100%” na prevenção da doença, segundo os laboratórios.
A vacina foi igualmente “bem tolerada e os efeitos secundários foram geralmente coerentes com os observados” em pessoas entre os 16 e os 25 anos, defenderam hoje a Pfizer e a BioNTech.
Para as crianças dos cinco aos 12 anos, Sahin continua a contar com os resultados de um estudo em julho, que considera “um bom caminho” para uma autorização até ao início de setembro.
Os resultados de um estudo sobre as crianças mais jovens poderão estar disponíveis a partir de setembro.
"A validação leva entre quatro a seis semanas", precisou Sahin.
Hoje, considerou possível uma "imunidade coletiva" na Europa "em julho, ou o mais tardar em agosto" e manifestou confiança na eficácia da vacina contra a variante indiana do coronavírus.
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