Os pedidos para a renovação das licenças de exploração desta central situada a cerca de cem quilómetros da fronteira com Portugal e de Vandellós II, a última unidade em que só a Endesa e a Iberdrola têm interesse, terão de ser submetidos até 31 de março.
A reunião dos proprietários da central de Almaraz - Iberdrola (53%), Endesa (36%) y Naturgy (11%) - verifica-se após aquelas empresas terem, em reunião efetuada na passada terça-feira, discordado da forma como apresentar o pedido.
Embora todas as empresas com participações naquela central nuclear na Espanha tenham assinado com a Companhia Nacional de Resíduos Radioativos (ENRESA) o protocolo que inclui o calendário que prevê que todas as empresas nucleares espanholas serão encerradas entre 2025 e 2035, a reunião da última terça-feira terminou sem acordo.
Fontes do setor adiantaram à EFE que a Iberdrola e a Naturgy queriam vincular o pedido de renovação da licença de exploração, para os anos incluídos no protocolo, às condições económicas e aos investimentos a serem realizados.
O protocolo estabelece que para a licença para a central de Almaraz continuar a funcionar seria renovada por sete anos e quatro meses no caso do grupo I da unidade de Cáceres e oito anos e dois meses no seu grupo II, com o qual alargaria sua operação até 2028.
Antes da reunião, o conselho de administração da central reuniu-se para discutir assuntos correntes, que aprovaram o plano de negócios da central até 2028.
Além disso, na próxima quarta-feira, realiza-se a reunião dos proprietários da central de Vandellós II, da qual a Endesa participa com 72% e a Iberdrola com 28%.
A assembleia de proprietários desta unidade reuniu-se na última quarta-feira e decidiu convocar uma nova reunião para dia 20, um dia após a reunião de Almaraz.
Ao contrário de Almaraz, que é o primeiro a fechar, segundo o protocolo com a Endesa, Vandellós II seria a próximo, e por último seria Trillo.
A ministra da Transição Ecológica, Teresa Ribera, declarou na terça-feira que, com o cronograma para o fecho do parque nuclear, será possível desmontar em condições de segurança e evitar o "espetáculo" que foi o encerramento efetuado em Garoña.
Garoña, desligada da rede desde dezembro de 2012, obteve em 2017 o relatório favorável do Conselho de Segurança Nuclear (CSN) para reoperar, desde que cumprisse os investimentos para melhorar os sistemas de segurança nuclear e proteção contra radiação.
No entanto, o Ministério da Energia decidiu dar essa permissão, após os dois sócios (Iberdrola e Endesa) discordarEm sobre a forma de retomar as atividades.
A Iberdrola considerou-a "inviável" e apelou ao seu sócio que desistisse de pedir nova permissão para reoperar, condição para a qual a unanimidade das partes era necessária.
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