“As dificuldades sentidas neste serviço ultrapassam em muito os esforços diários dos enfermeiros, no sentido de evitar acidentes que ponham em causa a vida e o bem-estar dos utentes”, lê-se num comunicado distribuído pela OE.
A tomada de posição foi levada a cabo por “todos os enfermeiros em exercício de funções” no serviço de Oncologia Cirúrgica do IPO do Porto e em causa está, dizem, a falta de condições.
“Os enfermeiros denunciam a existência de grande pressão sobre os recursos técnicos e humanos e garantem não estar em condições de assegurar a vida e a segurança dos doentes e a qualidade dos cuidados de enfermagem”, refere a OE.
A ordem denuncia, ainda, que “a falta de dotação de enfermeiros adequada e legalmente prevista põe em causa o exercício profissional em segurança”, uma situação que imputa à gestão da instituição.
A agência Lusa solicitou esclarecimentos ao IPO do Porto que garantiu que “a segurança e qualidade dos cuidados de saúde prestados aos doentes oncológicos” desta instituição está assegurada e que está “empenhado” em “resolver as necessidades identificadas”.
Em resposta à denúncia da OE, a administração deste hospital oncológico do Porto referiu que em janeiro de 2023, após autorização da tutela, foi deliberado proceder à contratação de mais enfermeiros.
O IPO do Porto especifica que foram celebrados novos contratos de trabalho nos dias 1 e 6 deste mês e que estão previstas mais integrações a 13 e 16.
O instituto acrescenta que, “até ao final deste mês, estão perspetivadas, no total, 51 novas contrações de enfermeiros”.
Especificamente no que se refere ao serviço de Oncologia Cirúrgica, o IPO do Porto refere que, desde o início de 2023, foram contratados nove enfermeiros, “tendo este sido o primeiro serviço a ser alvo de reforço da equipa”.
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