O jornal Público avançou hoje que das 2.500 camas prometidas para este ano letivo ao abrigo do Plano Nacional do Alojamento para o Ensino Superior (PNAES) apenas cerca de 300 estão disponíveis, o que o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) contrariou hoje, em comunicado divulgado ao início da noite, referindo que existem já “780 camas intervencionadas” ao abrigo desse plano, em várias zonas do país, como Lisboa, Porto, Açores ou Évora.
O MCTES reiterou os números que apontam para um reforço da oferta no alojamento disponível em relação ao ano anterior em 16%, com estimativas de 18.455 camas disponíveis, um reforço de 2.400 camas face a 2019-2020 e que já tem em conta a supressão de 2.218 lugares em residências decorrentes da pandemia, compensadas com protocolos com autarquias, setor turístico e instituições privadas e sociais para garantir a oferta a preços regulados.
No entanto, admite que as estimativas para disponibilidade total de camas em residências pode estar comprometida devido a “constrangimentos decorrentes da atual situação de pandemia”, a qual obrigou “a efetuar vários ajustes processuais”, para além de alterações ao regulamento da Fundiestamo, o fundo público responsável pela execução das obras, entre as quais 15 residências que deviam disponibilizar 971 camas até ao final de 2020.
“Assim, no início do próximo mês de outubro, será apresentado o ponto da situação do PNAES, com os novos prazos e recalendarização de obras em curso”, adianta o MCTES.
“Apesar dos constrangimentos acima descritos, no ano letivo de 2020-2021 é possível contar com um reforço considerável de oferta de alojamento, sendo de salientar os protocolos que foram esta semana assinados com as associações representantes do setor turístico, com mais 4.500 camas disponibilizadas para alojamento de estudantes a preços regulados”, acrescenta o MCTES, ainda que estas 4.500 camas se encontrem entre os valores estimados que o ministério diz estarem sujeitos a revisão em outubro.
Das quase 2.500 camas com conclusão e disponibilidade inicialmente previstas até final de 2020, apenas 780 se encontram já disponíveis e os dados da tutela indicam que até ao final do ano letivo (fim do primeiro semestre de 2021) apenas fiquem disponíveis mais 249, em duas residências em Évora e uma no Porto.
O PNAES pretende aumentar a oferta de camas para estudantes universitários a preços regulados para 30 mil até 2030.
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