Direções do movimento associativo dos estudantes do ensino superior apelaram hoje à resolução do "flagelo da falta de alojamento acessível" para alunos deslocados e juntaram propostas para enviar à tutela.
A ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, garantiu hoje que, até ao final de 2026, haverá mais 15 mil camas para estudantes, graças ao financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
No âmbito do Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior, os jovens universitários continuam a ter ao dispor quartos duplos ou múltiplos para estadias de longa duração nas Pousadas da Juventude de todo o país. Este ano, a disponibilidade de camas terá um aumento de 9%.
O governo diz ter a noção de que o alojamento é a grande barreira para os estudantes ao Ensino Superior e ter adotado medidas no plano imediato e também para "contrariar estruturalmente o problema".
Todos os grupos parlamentares reconheceram hoje que a falta de alojamento é um dos principais obstáculos no acesso ao ensino superior, mas enquanto a oposição exigiu medidas urgentes, o PS considerou as propostas em discussão redundantes.
O Governo vai investir 375 milhões de euros para aumentar em 15 mil o número de camas disponíveis para alojamento estudantil, estando previso o apoio para a construção, reabilitação e renovação de residências.
A JSD exigiu hoje ao ministro da Ciência que esclareça onde estão as 2.500 camas prometidas para os estudantes, sublinhando que a ausência de respostas em relação às residências pode comprometer frequência do Ensino Superior.
A oferta de alojamento para estudantes do Ensino Superior foi reforçada com cerca de 2.400 camas, perfazendo um total de mais de 18 mil camas, o que representa um aumento de 16% face ao ano letivo anterior.
O Governo negou hoje que apenas estejam disponíveis 300 camas para estudantes ao abrigo do plano nacional para o Alojamento, contrapondo com 780 disponíveis, mas admitiu constrangimentos em alcançar as 2.500 camas previstas até ao final do ano letivo.
Contas feitas, são menos de 300 as novas camas disponíveis em residências estudantis para este ano letivo, ao contrário do divulgado pelo Governo. Chega-se a este número ao retirar da equação as camas que não cumprem as orientações da DGS e somando as camas criadas por universidades e politécnicos.
As dúvidas dos estudantes que procuram alojamento assim como das entidades hoteleiras que pretendam disponibilizar camas para os estudantes universitários passam a poder ser esclarecidas através de uma linha criada pela Direção-Geral de Ensino Superior.
A Câmara do Porto quer aprovar a versão final da alteração simplificada do Plano Diretor Municipal (PDM) da área correspondente ao Quartel do Monte Pedral, para onde estão projetados 370 fogos e uma residência universitária.
A Associação Académica da Universidade de Évora (AAUE) lançou uma petição pública na Internet para exigir ao Governo medidas que combatam a falta de alojamento para os estudantes na cidade alentejana, foi hoje divulgado.
O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior apontou hoje como "meta ambiciosa" que em 2030 Portugal tenha seis em cada dez jovens com 20 anos a frequentar o Ensino Superior, salientando também o aumento de estudantes estrangeiros em Portugal.
Um quartel, um palácio, um convento, pousadas da juventude, uma escola e até as instalações do Ministério da Educação da Av. 5 de Outubro em Lisboa vão passar a ser residências universitárias.
O preço médio do arrendamento para estudantes aumentou este ano em Aveiro, Braga, Coimbra, Covilhã, Lisboa, Porto e Setúbal, segundo dados das plataformas imobiliárias, que revelam ainda que a variação foi negativa em Santarém, Vila Real e Viseu.
A Universidade de Coimbra vai investir cerca de 300 mil euros em dois blocos da residência de estudantes João Jacinto, perto do Polo I, na Alta histórica da cidade, concluindo a requalificação desta unidade, iniciada em 2016.