Através de uma ordem judicial, a magistrada Amy Jackson, do Tribunal do Distrito de Columbia, anunciou que Manafort poderia sair de casa em liberdade, uma vez que as suas esposa e filha ofereceram documentação que demonstra que têm sete milhões de dólares no banco e se comprometeram, a não movimentar esse dinheiro durante o processo eleitoral.
Para garantir a soma de 10 milhões de dólares, a família Manafort também vai ter de pôs à disposição do tribunal quatro propriedades imobiliárias que possui nos EUA.
Quando a informação for entregue ao tribunal, Manafort vai poder sair da casa da família em Alexandria, no Estado de Virgínia, onde está recluso desde há quase dois meses e sair do regime de prisão domiciliária que lhe foi imposto em 30 de outubro, quando se entregou à polícia federal (FBI, na sigla em Inglês), depois de ser objeto de 12 acusações, entre as quais a de lavagem de dinheiro.
Manafort e o que foi o seu ‘número dois’, Rick Gates, estão acusados de criar uma “rede de entidades e contas bancárias” em diferentes países para ocultar até 75 milhões de dólares que receberam do governo pró russo da Ucrânia e de oligarcas russos a que ajudaram, por exemplo, a melhorar a sua imagem nos EUA.
O processo contra Manafort resulta da investigação às ligações entre a Rússia e a campanha de Trump para influenciar as eleições presidenciais de 2016, mas não está relacionado com as atividades desempenhadas por Manafort na campanha presidencial.
Quando sair em liberdade, Manafort tem, não obstante, de cumprir várias condições, detalhadas pela juíza, como estabelecer-se na casa que tem em Palm Beach Gardens, no sul do Estado da Florida, e aí obedecer um recolher obrigatório entre as 23.00 e as 07.00, ficando também confinado aos condados de Palm Beach e Broward.
O início do julgamento está marcado para 07 de maio de 2018.
Manafort, que dirigiu a campanha de Trump entre maio e agosto de 2016, teve de se demitir quando se descobriu que tinha ocultado às autoridades norte-americanas um recebimento de 12,7 milhões de dólares por assessorar o ex-presidente ucraniano Viktor Yanukovich (2010-2014), associado à Rússia.
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