O ex-presidente da Tokyo Electric Power (TEPCO) Tsunehisa Katsumata e outros dois antigos executivos, Sakae Muto e Ichiro Takekuro, são acusados de negligência profissional.
Em 2017, no arranque do julgamento, os três pediram desculpa, mas afirmaram que não era possível antecipar o acidente nuclear, provocado pelo forte sismo seguido de um ‘tsunami’, a 11 de março de 2011.
“Peço desculpas pelas consequências deste acidente tão sério”, afirmou Tsunehisa Katsumata, à época.
A acusação exigiu uma pena de prisão de cinco anos para cada um, acusando-os de não terem tomado as medidas suficientes, apesar de conhecerem o risco.
Após o desastre nuclear em Fukushima Daiichi, o Japão reduziu o parque nuclear de 54 para 42 unidades, compensando esta redução com a exploração de centrais térmicas e um pequeno aumento na quota da eletricidade a partir de fontes renováveis de energia.
Aproximadamente 52 mil pessoas continuam ainda deslocadas devido àquele que foi o segundo pior acidente nuclear de sempre, depois do desastre de Chernobil, na Ucrânia, em 26 de abril de 1986.
A onda gigantesca criada pelo violento de sismo de 9,0 de magnitude em 11 de março de 2011 submergiu as instalações, a eletricidade foi cortada, os sistemas de arrefecimento do combustível nuclear pararam, levando à fusão do combustível do núcleo de três dos seis reatores. As explosões de hidrogénio destruíram parte dos edifícios de Fukushima Daiichi.
Só em maio de 2011, dois meses depois do acidente, a TEPCO usou a expressão “fusão do núcleo” do reator.
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