O concurso público lançado no início de abril para a contratação de 82 nadadores-salvadores ficou deserto, à semelhança do que aconteceu em 2023, apesar do município ter aumentado o valor das remunerações em cerca de 20%.
Na sessão de Câmara de hoje, o responsável operacional da Proteção Civil Municipal, João Matias, informou que o concurso não teve concorrentes e que o município vai iniciar a contratação por ajuste direto.
Segundo João Matias, foram já entregues 57 currículos de interessados, dos quais 45 estão disponíveis a partir de 01 de junho, e existem cursos de formação a decorrer que podem fornecer mais nadadores-salvadores.
“À mesma data, a situação este ano é melhor do que em 2023”, disse o responsável, lamentando que, de ano para ano, haja menos jovens a frequentar os cursos de formação.
Para o presidente da Câmara, Pedro Santana Lopes, a legislação sobre a vigilância balnear tem contradições que era importante esclarecer, porque a responsabilidade também devia ser estendida às autoridades marítimas.
“A lei diz que o município tem de assegurar o pagamento nas zonas não concessionadas e os apoios de praia nas zonas concessionadas, mas isso parece-me esdrúxulo”, disse o autarca, referindo que, nos dois anos anteriores, a Câmara adiantou o dinheiro para a contratação.
Salientando que a falta de nadadores-salvadores levou a um aumento de remunerações, Santana Lopes frisou o problema não será de “fácil resolução” e que é tudo atirado “para cima das câmaras”.
No concurso deste ano, o município da Figueira da Foz tinha estimado um investimento de 600 mil euros na contratação de 82 nadadores-salvadores para vigilância e assistência a banhistas na época balnear.
Desde o período da Páscoa, que a autarquia tem seis nadadores-salvadores em funções, apoiados por duas moto-quatro.
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