A coordenadora da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, da CGTP, falava aos jornalistas à saída de uma reunião no Ministério das Finanças, em Lisboa, onde o Governo apresentou dois projetos de diploma.
Uma das propostas estabelece uma medida já prevista no programa do Governo "3 em linha" que prevê a dispensa até três horas para acompanhamento de menores até 12 anos no primeiro dia de escola, mas condiciona essa possibilidade à disponibilidade do serviço.
Ana Avoila disse desvalorizar "totalmente" a medida porque, além de considerar que "três horas não dão para nada", condicionar a possibilidade da dispensa à disponibilidade do serviço significa que "quase ninguém" vai poder usufruir dela.
"É dar com uma mão e tirar com a outra", rematou Ana Avoila.
Sobre o novo programa de capacitação de técnicos superiores (CAT), a dirigente da Frente Comum disse que ainda vai ter de analisar melhor a proposta do executivo, sublinhando que as duas propostas do Governo são "oportunistas", apontando para o "calendário eleitoral".
Para Ana Avoila, mais importante do que discutir medidas "avulsas, insuficientes e oportunistas" em fim de legislatura, é sensibilizar o Governo para a necessidade de aumentos salariais em 2019 na administração pública, uma vez que os trabalhadores estão sem aumentos há dez anos.
"Não desistimos de discutir os aumentos salariais para 2019 nem a revisão da Tabela Remuneratória Única", frisou a sindicalista
"O Governo que não tenha ilusões sobre aquilo que os trabalhadores sentem neste momento e quanto à disposição que têm para continuar a lutar", afirmou a líder da Frente Comum.
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