Em conferência de imprensa, em Lisboa, a coordenadora da Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública, Ana Avoila, criticou o Governo por “não responder” à sua proposta reivindicativa para 2018 de aumento salarial, de reestruturação das carreiras e aplicação das 35 horas de trabalho a todos os funcionários.
“Nós não vamos descansar enquanto o Governo não se sentar à mesa e não cumprir estas reivindicações que são necessárias à vida dos trabalhadores e dos serviços”, disse Ana Avoila.
Os milhares de trabalhadores que participarão na manifestação virão “lutar por aumentos de salários, pelas carreiras profissionais, pelas 35 horas de trabalho e pelo fim da precariedade”, afirmou a dirigente sindical.
O Governo “não tem ouvido ou não quer ouvir e tem de começar a fazê-lo porque não somos figuras decorativas”, afirmou, reivindicando uma “resposta efetiva aos problemas”.
A Frente Comum defende aumentos salariais de 4% ainda para este ano e Ana Avoila disse recentemente não descartar a hipótese de avançarem para uma greve.
“A lei da negociação é muito clara, pois diz que anualmente se têm de discutir os salários”, lembrou a dirigente sindical, realçando que o Governo “não quer discutir as carreiras” tal como a Frente Comum as colocou.
Os trabalhadores, segundo Ana Avoila, querem “dignificar aquilo que fazem e também seu salário”.
Para a dirigente da Frente Comum questões como o combate à precariedade “têm de avançar rapidamente”.
Ana Avoila referiu recentemente que “a pressão que se fez nestes últimos tempos” sobre o Governo tem dado frutos, referindo-se às progressões dos assistentes operacionais, que, tal como a estrutura sindical reivindicava, vão subir para o quarto escalão e não para o terceiro.
Mas foi clara ao dizer que a Frente Comum “não quer ficar por aqui”, pelo que marcou uma manifestação nacional para sexta-feira para que os trabalhadores manifestem o seu descontentamento e exijam aumentos de salários e carreiras dignas.
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