Num comunicado enviado à agência Lusa, a ANSG sublinha que os meios das Unidade de Controlo Costeiro, Unidade de Ação Fiscal e da valência estradal estão a ser “sugados e canalizados para o GIPS”, valência que arrasta “recursos materiais e financeiros, igualmente indispensáveis para a atividade operacional desenvolvida pela Guarda”.
O comunicado dos sargentos da Guarda Nacional Republicana foi divulgado após o início da formação de 600 novos guardas, uma incorporação motivada pela inclusão de militares para o GIPS e Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) no âmbito da prevenção e combate aos incêndios florestais, numa cerimónia que contou, na segunda-feira, com a presença do primeiro-ministro e do ministro da Administração Interna.
Apesar de considerar “a visita inédita” de António Costa ao centro de formação de Portalegre como “um sinal de reconhecimento pela competência e capacidade da GNR e dos militares”, a ANSR sustenta que este novo ingresso resulta da “canalização de meios para a estrutura de combate a incêndios”.
“Tememos, face ao expandir e densificar da cobertura do GIPS da GNR a todo o território nacional, que se confira sobreposição de meios no mesmo espaço territorial com os bombeiros, algo que até aqui não acontecia, ou até se possa correr o risco de se transformar esta força num ‘elefante branco’, incapaz de se capitalizar ou flexibilizar, fora das fases problemáticas dos incêndios”, frisa a associação.
A associação que representa os sargentos da GNR lamenta ainda “este conceito de formação por fornalhas, pressionada e precipitada por momentos políticos, que conduz ainda ao incumprimento e atropelo interno das elementares regras de colocações de forma arbitraria e sem critérios de competências e responsabilidades”.
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