“O mês de outubro não foi um mês de baixa de preços, [estes] mantiveram-se, praticamente, constantes, entre janeiro e outubro, em cerca de 30 cêntimos”, disse Capoulas Santos, durante uma audição parlamentar na Comissão de Agricultura e Mar, requerida pelo Bloco de Esquerda (BE).
Para o governante, o setor do leite “é muito importante” para o país e tem merecido “especial atenção” do executivo.
“Quando o Governo iniciou funções o setor debatia-se com uma crise gravíssima, o que obrigou o Governo a adotar medidas relevantes. Medidas que se revelaram bastante positivas em Portugal e até fora dele”, sublinhou.
Entre estas medidas encontram-se a criação de duas linhas de crédito, a antecipação de pagamentos junto da União Europeia, no âmbito do primeiro pilar da Política Agrícola Comum (PAC) e a mobilização de um apoio extraordinário de 45 euros por vaca às primeiras 20 de cada exploração.
De acordo com Capoulas Santos, para a subida do preço do leite pago ao produtor é “fundamental” a abertura de novos mercados.
“Este ano já abrimos, só para o setor do leite, nove mercados”, como a Índia, Austrália, Panamá, Cuba e Bósnia, indicou.
Por sua vez, Carlos Matias, do Bloco de Esquerda, disse “valorizar muito todas as medidas tomadas”, ressalvando que ainda se mantém um problema de fundo no setor no que se refere à regulamentação.
No final da primeira ronda de intervenções, Capoulas Santos reiterou que o Governo foi “solidário e eficaz” durante a crise do setor, notando que os produtos lácteos portugueses conseguem distinguir-se pela qualidade e que os mercados internacionais estão dispostos a pagar por esta característica.
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