“Criámos um projeto-piloto para a Paisagem Protegida da Arriba da Costa de Caparica, onde vamos investir cerca de um milhão de euros para essencialmente fazer a proteção desta área através do Fundo Ambiental”, revelou Miguel Freitas, no Dia Mundial do Ambiente.
O governante falava após a apresentação do plano de defesa da floresta da Câmara de Almada (distrito de Setúbal) para o verão de 2019, lembrando a responsabilidade do Estado central na defesa do património natural.
Neste sentido, anunciou também uma intervenção na Mata Nacional dos Medos, em Almada, o que deverá estar concluído até ao final deste mês.
“Vamos intervir em quatro quilómetros de rede primária da defesa da floresta, isto é, na criação de estradões para melhor acesso dos nossos bombeiros, para que naturalmente possam ter mais e fácil acesso para vigilância e, caso seja necessária, uma rápida intervenção na nossa mata”, adiantou.
Nesta ocasião, Miguel Freitas aplaudiu a iniciativa da Câmara de Almada, e em particular do Serviço Municipal de Proteção Civil, que está a implementar várias medidas para proteger o concelho e o património natural, como o reforço de meios operacionais e a melhoria do acesso às praias da Costa de Caparica.
Os municípios, disse, são o “novo grande protagonista da floresta”.
“Os municípios viviam de costas viradas para a sua floresta, portanto, estar num município como o de Almada, essencialmente urbano e metropolitano, a falar de floresta tem uma enorme importância”, frisou.
Na visão do governante, o choque de ter havido vítimas humanas nos incêndios de Pedrógão Grande (distrito de Leiria), em 2017, fez “despertar” para a relação que existe entre o “urbano e o florestal”, fazendo com que as consciências estejam a mudar.
“Estamos a fazer um caminho e isso está a acontecer com o protagonismo dos municípios”, frisou.
Segundo os dados apresentados pelo Serviço Municipal de Proteção Civil, em 2018 registaram-se 57 ocorrências em Almada, tendo ardido apenas 1,86 hectares neste concelho, o que Miguel Freitas saudou, afirmando que a Proteção Civil entra nos meses de maior calor “com mais confiança para fazer frente às ocorrências que possam surgir”.
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