A paralisação, que começou na terça-feira e termina hoje, "teve uma adesão de perto de 50%" e afetou vários matadouros no país que, nalguns casos, "pararam totalmente" e noutros funcionaram "a meio gás", disse à Lusa a delegada sindical Graça Martins.
"Muitas equipas de inspeção viram-se reduzidas e houve matadouros que laboraram com apenas um inspetor quando normalmente estão cinco ou seis pessoas", acrescentou a sindicalista.
Graça Martins contou que, num dos principais matadouros de suínos, situado no Norte do país, foram abatidos, num dos dias, cerca de 800 porcos para exportação no Brasil, um processo que requer "uma inspeção muito rigorosa", com apenas um veterinário.
Apesar das dificuldades devido à greve, "a DGAV continuou a dar autorização para que a laboração prosseguisse", afirmou a delegada sindical, que acusou ainda a direção-geral de "notificar os trabalhadores em plena greve para cumprirem, não os serviços mínimos, mas serviços máximos".
Os trabalhadores estão em greve para reivindicar a criação da carreira especial de inspetor sanitário e, segundo Graça Martins, já foi, entretanto, agendada uma reunião com o secretário de Estado da Agricultura e Alimentação, Luís Medeiros Vieira.
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