“Confirma-se a previsão que tínhamos feito na semana passada e ontem com o lançamento da greve e primeiros dados: esta é uma grande greve, com uma adesão muito elevada. Às 10:00 estava próxima dos 100%”, indicou, remetendo informação sobre mais dados para a conferência de imprensa a realizar hoje ao final da manhã.
De acordo com Ana Avoila, a adesão no segundo turno dos hospitais era, até às 10:00, de cerca de 100%.
“Ainda não temos os dados de todos os hospitais, mas, com o que temos, conseguimos perceber que é uma grande adesão. Por exemplo, no Hospital Amadora-Sintra e na Estefânia, em Lisboa, não há consultas externas e o bloco operatório e a enfermaria também estão a ser afetados”, disse.
No entender da coordenadora da Frente Comum, estes dados apontam para uma elevada adesão na saúde e nas escolas de Norte a Sul do país.
“No que diz respeito às escolas, são centenas. Estamos constantemente a receber dados de mais escolas fechadas. No distrito de Lisboa temos, por exemplo, encerradas a Virgílio Ferreira, a Delfim Santos, nas Olaias, a Rainha D. Leonor e a D. Dinis, em Odivelas, o que demonstra o descontentamento que existe nas escolas”, sublinhou.
A coordenadora da Frente Comum tinha avançado anteriormente com uma adesão de cerca de 100%, poucas horas depois do seu início.
A greve nacional da função pública, convocada pela Frente Comum, começou às 00:00 de hoje, com os hospitais a serem os primeiros serviços afetados pela paralisação.
Os professores também marcaram uma greve, convocada pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof) em defesa dos direitos, das carreiras, da estabilidade e dos salários.
Em causa na greve nacional está a falta de respostas às reivindicações da Frente Comum, como o aumento dos salários na função pública, o descongelamento "imediato" das progressões na carreira e as 35 horas semanais para todos os trabalhadores.
Esta é a terceira greve nacional dos trabalhadores da Administração Pública com o atual Governo e a primeira convocada pela Frente Comum de Sindicatos, segundo a listagem cedida pela estrutura sindical.
A primeira greve com o executivo de António Costa ocorreu em 29 de janeiro de 2016 e foi convocada pela Federação Nacional dos Sindicatos da Administração Pública, assim como a de 26 de maio deste ano, que teve como objetivo reivindicar aumentos salariais, o descongelamento das carreiras, o pagamento de horas extraordinárias e a redução do horário de trabalho para 35 horas em todos os serviços do Estado.
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