O plano “Habitação Justa” – apresentado publicamente hoje, em Loures, e que foi aprovado por unanimidade na câmara e na assembleia municipal – destina-se a recuperar créditos e regularizar dívidas da habitação municipal, que a autarquia estima em “mais de 15 milhões de euros”.
Segundo dados oficiais, quase metade dos inquilinos de habitação municipal (47,7%) tem rendas em atraso, o que corresponde a 1.300 agregados familiares.
“Não podemos, nem devemos, ignorar que essa dívida existe”, vincou Ricardo Leão (PS), presidente da Câmara Municipal de Loures, na sessão de apresentação.
Notificados sobre o novo regulamento, 70% dos inquilinos com rendas em atraso já apresentaram a documentação exigida para aderirem ao plano de pagamentos.
Os restantes 30% (correspondentes a 800 fogos) “nem sequer entregaram os papéis” para comprovar que estão na habitação de forma legal, criticou o presidente da Câmara.
A esses, a autarquia vai fazer uma última notificação e terão 90 dias para regularizar a situação, prazo findo o qual haverá lugar a despejo.
“Direitos e deveres iguais para todos é o nosso lema”, disse e repetiu Ricardo Leão.
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