Em comunicado, a PJ de Leiria refere ter detido, no domingo, um homem de 63 anos, “presumível autor do homicídio de uma mulher de 34 anos, sua cônjuge”, ocorrido em Pego, no concelho de Abrantes, distrito de Santarém, “em contexto de violência doméstica”.
De acordo com a força policial, o homem foi presente a primeiro interrogatório judicial de arguido detido, tendo-lhe sido aplicada a medida de coação de prisão preventiva.
Os factos, que ocorreram ao início da manhã de domingo, descritos pela PJ de Leiria, revelam que, “ao sair de casa, a vítima foi surpreendida pelo suspeito com diversos disparos de caçadeira, que lhe provocaram ferimentos de grande gravidade e que vieram a revelar-se fatais”.
O óbito foi declarado horas depois na unidade hospitalar de Abrantes, que lhe prestou assistência médica, depois de transportada pelos bombeiros em estado crítico.
“O casal, que se encontrava separado por iniciativa da mulher, desde há cerca de 15 dias, na sequência de diversos episódios recentes de conflito e violência entre ambos, tem dois filhos menores de idade que presenciaram parte dos factos”, refere a PJ.
Na manhã de domingo, fonte dos bombeiros de Abrantes havia afirmado à Lusa que, à chegada ao local, perto das 08:00, que a mulher, que apresentava “ferimentos de bala na zona do peito e estilhaços na cabeça”, estava “em estado crítico”, tendo sido “transportada ainda com vida” para as urgências do hospital de Abrantes, da Unidade local de Saúde (ULS) do Médio Tejo.
Durante a tarde, com a comunidade local a acompanhar a situação e a partilhar informação e imagens nas redes sociais, foi anunciada a morte da mulher, desfecho que fonte policial confirmou à agência Lusa.
O caso foi considerado inicialmente como “homicídio na forma tentada”, enquadrou à Lusa, naquele dia, fonte da GNR, mas, com o desfecho, passou para a forma consumada.
O suspeito, que fugiu do local após os disparos, acabaria por entregar-se ainda na manhã de domingo no posto da GNR de Alcanena, a cerca de 40 quilómetros de Abrantes, e ficou detido à custódia da Polícia Judiciária (PJ), adiantou a mesma fonte.
A vítima tinha mudado a residência para o Pego “há algum tempo, com os filhos menores”, e o suspeito, já detido, “não coabitava” com o núcleo familiar.
O alerta para a ocorrência foi dado às 07:41 e estiveram no local os bombeiros de Abrantes, a Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) do Médio Tejo e a Guarda Nacional Republicana (GNR) de Abrantes.
O caso passou para a alçada da Polícia Judiciária, por se tratar de um crime com arma de fogo.
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