"Neste momento temos a área de Murça com uma frente já com cerca de 80% dominada, temos depois em Vila Pouca de Aguiar pequenos focos já a serem também combatidos e praticamente debelados e temos depois ainda, em Carrazedo de Montenegro (Valpaços), toda a situação também controlada”, afirmou o Comandante Regional de Emergência e Proteção Civil (COREPC) do Norte, Carlos Rodrigues Alves.
O responsável fez um ponto de situação por volta das 20:00 e referiu que, durante a tarde foram retiradas por precaução 40 pessoas da extensão de um lar de idosos, em Fiolhoso, que foram transferidos para a sede da instituição, na vila de Murça.
Rodrigues Alves explicou que foi pensada “alguma manobra de evacuação” em outras aldeias, que “acabou por não ser feita”.
Durante a tarde, fonte da Proteção Civil de Vila Real adiantou que as aldeias de Fiolhoso, no concelho de Murça, Cabanas, em Valpaços, e Sevivas, em Vila Pouca de Aguiar, iriam ser evacuadas devido ao incêndio que lavra nesta região.
No combate a este incêndio estavam, pelas 20:00, 834 operacionais, 708 dos quais são bombeiros, com cerca de 270 viaturas. Durante a tarde estiveram a operar neste teatro de operações 10 meios aéreos.
O fogo deflagrou no domingo, estendeu-se aos concelhos de Vila Pouca de Aguiar e de Valpaços e estava, ao final da manhã de hoje, em fase de consolidação.
“Com aquilo que se viveu, ou seja, com o aumento da temperatura e os ventos fortes, poderia reacender a qualquer momento porque temos uma área muito grande ardida e tudo aquilo que é carga térmica que fica acumulada a qualquer momento, com a velocidade do vento, pode reacender, o que acabou por acontecer”, explicou o comandante.
Acrescentou que o combate “está a evoluir favoravelmente" e que começou a descer a temperatura”, o que está “a ajudar a que esse combate seja mais efetivo”.
No entanto, apesar da situação estar “a melhorar” os meios vão manter-se no terreno.
“Porque após o debelar do incêndio (…) haverá todo um trabalho de consolidação e de rescaldo e isso necessita de muitos meios. É uma área muito grande e todo o cuidado será pouco e irão ficar, para já, os meios que estão no terreno, fazendo sempre uma avaliação contínua”, referiu
Neste incêndio, que começou perto da aldeia de Cortinhas, registou-se na segunda-feira a morte de um casal de idosos, que foi encontrado dentro do carro acidentado, numa área ardida.
Houve também necessidade de retirar populares, principalmente idosos, de várias aldeias, os quais já regressaram, entretanto às suas casas.
Verificaram-se ainda, segundo Rodrigues Alves, ferimentos em alguns operacionais, mas sem gravidade.
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