Depois de o incêndio rural que deflagrou na tarde de sábado no concelho da Guarda ter sido dado como dominado às 07:19 de hoje, continuam esta tarde as operações rescaldo nos fogos mais recentes, para as quais o presidente da autarquia pediu “uma vigilância muito apertada e forte”.
“O vento continua a soprar, as temperaturas estão muito elevadas, não há humidade”, afirmou, a meio da tarde, sublinhando que “ao primeiro reacendimento os meios têm de acudir logo ao local, a começar pelos meios aéreos”, já que os incêndios no concelho deflagraram “em zonas muito íngremes, de muito difícil acesso ou [com acesso] quase inexistente”.
“É fundamental que os meios aéreos possam acudir logo em primeira instância a estes reacendimentos e, logo a seguir, quando possível, os meios terrestres”, insistiu Sérgio Costa, alertando que “é muito importante não abandonar o local”, sob pena de “durante os próximos dias haver aqui alguma propagação mais forte”.
O autarca disse à Lusa que na próxima semana vai ser intensificado o levantamento dos danos causados pelos incêndios recentes no concelho, adiantando que “há muito prejuízos, desde as casas de segunda habitação que arderam - seja em Videmonte, seja em Aldeia Viçosa - aos pequenos armazéns agrícolas que arderam e à grande mancha florestal que ardeu no Parque Natural da Serra da Estrela”.
No incêndio de Aldeia Viçosa, por exemplo, foram consumidas grandes quantidades de pasto para os animais.
Sérgio Costa reivindicou, por isso, que “no mais curto espaço de tempo possa existir um verdadeiro Plano Marshall de recuperação do Parque Natural da Serra da Estrela”, apara apoiar os operadores turísticos e para que “as pessoas continuem cada vez mais a visitar o território, que, infelizmente, agora ficou mais debilitado”.
O incêndio que deflagrou na tarde de sábado no concelho, em Mizarela, e foi dado como dominado hoje de manhã, causou grandes preocupações em Aldeia Viçosa.
Foram evacuadas a praia fluvial de Aldeia Viçosa e a povoação de Soida, e em Mizarela foi retirado grupo de 60 campistas em que foram levados para a Guarda.
Esta tarde, mantêm-se no terreno cerca de 360 operacionais, apoiados por perto de 100 viaturas e dois meios aéreos, segundo o ‘site’ da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.
O município foi também um dos afetados pelo grande incêndio que fez arder, segundo dados oficiais provisórios, mais de 14 mil hectares na serra da Estrela. O fogo, que teve origem na Covilhã no dia 06, foi dominado após uma semana e ainda não foi considerado extinto, mobilizando também um dispositivo de socorro e segurança.
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