Segundo estes dados provisórios, que incluem informação recolhida até hoje e foram obtidos com base no Sistema de Gestão de Informação de Incêndios Florestais (SGIF), arderam 23.913 hectares de espaços rurais, num total de 6.491 ocorrências.
Do total de área ardida, mais de metade (54%) é de povoamento florestal, 34% mato e 12 de área agrícola.
O último relatório provisório do ICNF dava conta de que entre 01 de janeiro e 15 de julho tinham ardido 10.178 hectares de terreno, mas este valor não incluía a área ardida no incêndio que atingiu os concelhos de Vila de Rei e Mação, que segundo o Sistema Europeu de Informação de Incêndios Florestais (EFFIS) destruiu mais de 9.500 hectares.
De acordo com o ICNF, cerca de metade dos incêndios florestais que deflagraram até 15 de julho e que foram investigados tiveram origem em queimadas e queimas.
Este ano, até 15 de julho, foram investigados 70% do número total de incêndios, responsáveis por 89% da área total ardida.
No último relatório provisório, o ICNF precisa que a investigação permitiu atribuir uma causa a 69% dos incêndios, responsáveis por 77% da área ardida até 15 de julho.
O mesmo documento realça que as causas mais frequentes são as queimadas de sobrantes florestais ou agrícolas (25%) e o incendiarismo — imputáveis (19%).
“Conjuntamente, as várias tipologias de queimadas e queimas representam 51% das causas apuradas”, precisa aquele organismo.
Segundo o ICNF, até ao dia 15 de julho, o ano de 2019 apresentava “o terceiro valor mais reduzido em número de incêndios e o quinto valor mais reduzido de área ardida desde 2009″.
De acordo com os dados disponibilizados pelo ministro Eduardo Cabrita no início do ano no parlamento, em 2018 registaram-se 12.200 incêndios – uma redução de 44% em relação à última década -, que provocaram 44.000 hectares de área ardida, menos 68% face aos últimos 10 anos.
O maior fogo registado em 2018 foi o que deflagrou em Monchique, no dia 03 de agosto, consumindo mais de 27 mil hectares de floresta e terrenos agrícolas e destruindo 74 casas. Este incêndio atingiu unidades hoteleiras e obrigou a evacuar diversas localidades, desalojou 52 famílias e provocou 41 feridos.
O pior ano de incêndios em Portugal foi o de 2017, com mais de 100 mortos e 500 mil hectares de área ardida.
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