O SAPO24 continua a acompanhar a situação. Veja aqui as mais recentes atualizações. Às 17h50 de domingo, dia 21 de julho, este era o ponto de situação:
Em síntese
- O incêndio que deflagrou ontem em Vila de Rei (distrito de Castelo Branco) continua ativo, mobilizando cerca de 800 homens, 240 meios terrestres e 13 meios aéreos, segundo o site da Proteção Civil, consultado às 13h10;
- Ao início da tarde, a situação complicou-se em Mação, com as chamas a aproximarem-se de algumas localidades do concelho, nomeadamente da aldeia de Casas da Ribeira. O autarca de Mação disse, em declarações à SIC Notícias, que "numa das frentes a situação já está controlada", no entanto estão a surgir novas frentes.
- Pelas 13h deste domingo, cerca de 85% do fogo de Vila de Rei encontrava-se "dominado", mantendo-se pequenos fragmentos da frente de incêndio, afirmou o comandante do Agrupamento Centro Sul, realçando que a tarde vai pôr os meios à prova;
- A GNR mandou evacuar na tarde de hoje a praia fluvial de Cardigos, freguesia do concelho de Mação, distrito de Santarém, devido à rápida aproximação das chamas ao local e ao centro da localidade;
- O incêndio no concelho da Sertã reacendeu hoje à tarde depois de sido dado como dominado durante a madrugada;
- Registou-se até ao momento apenas um ferido (civil) com gravidade, que se encontra na unidade de queimados do hospital de São José, em Lisboa.
- Dos três incêndios que deflagraram este sábado no distrito de Castelo Branco, dois (na Sertã) foram dados como dominados já depois das quatro da manhã;
- O ministro da Administração Interna disse que os órgãos de polícia criminal estão a investigar as causas dos incêndios, manifestando “estranheza” por terem começado “separados por poucos minutos”;
- As Forças Armadas reforçaram esta manhã o apoio à Proteção Civil no combate aos incêndios, tendo deslocado para Vila de Rei uma cozinha de campanha do Exército e alimentos para assegurar refeições a pelo menos 600 pessoas. As Forças Armadas já tinham enviado quatro máquinas de rasto no sábado;
- O vice-presidente da Câmara de Mação disse que as chamas já consumiram três mil hectares de floresta e que está em risco de desaparecer o que sobrou dos incêndios de 2017;
- A estrada nacional 348 é a única via principal interdita, não por aproximação das chamas, mas por prevenção de acidentes;
- A Proteção Civil diz que o SIRESP está a funcionar com normalidade — e sem falhas;
- O presidente da República disse estar a acompanhar “com preocupação” o evoluir dos “vários focos de incêndio” no país e mantém-se em contacto com os presidentes de câmara municipais, refere uma nota divulgada este sábado.
Saiba como se proteger dos incêndios.
O incêndio em Vila de Rei, no distrito de Castelo Branco, que ainda ao início da noite de sábado alastrou para o concelho de Mação, distrito de Santarém, continua ativo e é aquele que envolve mais elementos na luta às chamas.
Ao início da tarde, a situação complicou-se no concelho de Mação, estando as chamas a arder perto da aldeia de Casas da Ribeira. Um autarca de Mação, em declarações à SIC Notícias, explicou que "numa das frentes a situação já está controlada", no entanto estão a surgir novas frentes. O autarca explicou que, no momento em que falava, não havia pessoas em perigo, embora colocasse a hipótese de que ardessem casas devolutas.
Ainda assim, a situação tem melhorado com o passar das horas. Um total de "85% do perímetro [do incêndio] está já dominado, contudo está neste momento com muitas reativações, fruto do aumento da temperatura e da rotação do vento", o que acaba por gerar "uma pressão maior" por parte dos operacionais para conseguir manter o fogo dentro da área dominada, disse Belo Costa, que falava aos jornalistas ao início da tarde numa conferência de imprensa que decorreu na Escola Secundária da Sertã.
Apesar da evolução favorável no combate (às 08:00 60% do perímetro estava dominado), o comandante do Agrupamento Centro Sul salientou que vai ser "uma tarde de intenso trabalho" e, com o agravar dos indicadores meteorológicos, os meios no terreno vão ser postos "à prova".
"Vila de Rei está a exigir agora de nós uma atenção redobrada e um redefinir de estratégia", com reposicionamento de meios para áreas que antes não preocupavam as autoridades, explicou.
As pequenas parcelas da frente de incêndio que estão por resolver são áreas em que há reativações por força do combustível e da orografia, normalmente localizadas em sítios de muito difícil acesso, aclarou.
De momento, a estrada nacional 348 é a única via principal interdita, não por aproximação das chamas, mas por prevenção de acidentes, por estarem ali estacionadas várias viaturas de combate em "trabalhos de consolidação e combate a reativações", referiu Belo Costa.
Número de feridos
Questionada sobre o aumento para 20 do número de feridos avançado hoje pelo ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, Paula Neto, do INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica), explicou que o número mantém-se em oito feridos, um grave e sete ligeiros.
"O resto são assistências feitas localmente", resultado de pequenos ferimentos que são logo corrigidos e não necessitam de assistência hospitalar, não entrando assim nos cálculos de feridos feitos pelo INEM, que contabiliza esses casos apenas como assistidos, esclareceu.
O ministro da Administração Interna tinha indicado hoje que, além destes oito feridos, se registaram mais doze feridos ligeiros, sobretudo devido a “inalação de fumos e entorses”.
O Presidente da República visitou hoje o único civil ferido, com gravidade, que se encontra no Hospital de São José, em Lisboa. Marcelo Rebelo de Sousa disse à Lusa que "a situação está sob controlo".
Investigação às causas e evacuação de localidades
O ministro da Administração Interna disse hoje que os órgãos de polícia criminal estão a investigar as causas dos incêndios, manifestando “estranheza” por terem começado “separados por poucos minutos”.
“Estes incêndios tiveram condições meteorológicas muito difíceis, condições orográficas favoráveis à sua projeção, muito rápida e circunstâncias que estão a ser investigadas pelos órgãos de polícia criminal”, afirmou Eduardo Cabrita.
Belo Costa disse esta manhã que os operacionais têm vindo a conseguir evitar que o fogo se propague para os perímetros urbanos.
O comandante adiantou que durante o dia de sábado houve necessidade de deslocar pessoas de algumas localidades para "prevenir eventuais incidentes", mas considerou ser "excessivo" dizer que houve localidades que estiveram em perigo.
Apoio das Forças Armadas
As Forças Armadas reforçaram esta manhã o apoio à Proteção Civil, tendo deslocado para Vila de Rei uma cozinha de campanha do Exército e alimentos para assegurar refeições a pelo menos 600 pessoas.
Segundo o Estado-Maior General das Forças Armadas, os géneros alimentares enviados vão “permitir assegurar a refeição, já a partir do almoço de hoje, a pelo menos 600 pessoas”.
No âmbito do apoio à Proteção Civil, as Forças Armadas já tinham enviado no sábado para Vila de Rei quatro máquinas de rasto, três do Exército com 15 militares, e uma da Força Aérea com mais cinco militares. Estes meios estão a apoiar as operações para abertura de caminhos que facilitem o trabalho dos operacionais que combatem o incêndio nesta localidade.
Funcionamento do SIRESP
A ANEPC está a utilizar o Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP) que, segundo o comandante das forças no terreno, "tem funcionado com toda a normalidade".
Eduardo Cabrita assegurou que o Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP) tem estado “totalmente operacional”, manifestou “confiança” na estrutura de Proteção Civil que está no terreno, acrescentando que o primeiro-ministro, António Costa, esteve sempre ao corrente das operações.
Incêndios da Sertã estiveram dominados. Um reacendeu-se na tarde deste domingo
Depois de ter sido dado como dominado durante a madrugada, o fogo que começou há mais de 24 horas no concelho da Sertã, reacendeu hoje à tarde e no local estão 295 bombeiros, 91 viaturas e uma aeronave.
Os dois incêndios que lavravam no concelho da Sertã desde sábado foram dominados na madrugada de domingo. Depois de o fogo em Mosteiro de São Tiago, Várzea dos Cavaleiros, ter sido dado como dominado às 04:25, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) indicou que o mesmo aconteceu com o de Rolã, pelas 04:45.
Em Mosteiro de São Tiago permaneciam pelas 05:10, 114 operacionais e 30 meios terrestres, já em Rolã continuam no terreno 266 operacionais e 81 meios.
Nestes dois incêndios "o que foi transmitido pelo senhor comandante operacional nacional é que, face ao risco de reacendimento, que existe, não serão retirados os meios que lá estão neste momento”, sublinhou o ministro.
O ministro da Administração Interna deixou, este domingo, uma palavra de solidariedade para com as populações atingidas pelos incêndios e manifestou o seu reconhecimento pelo empenho dos operacionais, nas declarações que fez cerca das 11h30 aos jornalistas a partir das instalações da Proteção Civil, em Carnaxide.
(Última atualização às 17h50 de dia 21 de julho)
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