Em comunicado enviado à agência Lusa, a autarquia liderada por Mário Loureiro explica que, “ao contrário do sucedido em anos anteriores, decidiu não proceder à iluminação de Natal na vila, revertendo o investimento aplicado na iluminação das principais artérias e rotundas para o apoio às vítimas dos incêndios”.
A autarquia, porque “Natal é sinónimo de solidariedade”, colocará “somente uma Árvore de Natal simbólica, que foi disponibilizada pela empresa GALP, no âmbito da campanha de reflorestação ‘Terra de Esperança'”.
“Nutrindo este sentimento, e pretendendo ajudar a dissipar o profundo sentido de pesar que grassa no nosso concelho, face ao drama humano e à calamidade florestal vivenciada pela nossa população no mês de outubro, o Município de Tábua procedeu à elaboração de uma programação com concursos, horas do conto, teatro, Pai Natal no CCT e animação de rua, que prometem espalhar o espírito e a magia da época um pouco por todo o concelho, com especial ênfase nas ruas do centro da vila de Tábua”.
A esta programação, diz ainda o município, “associam-se iniciativas concelhias que enriquecem estas celebrações, reforçando o associativismo e a própria cidadania, bem como a promoção do comércio tradicional, envolvendo toda a comunidade no espírito natalício”.
“O Município de Tábua salienta que os recursos financeiros angariados com a conta solidária, cuja verba à data é de 25.898.00 euros, serão exclusivamente investidos no apoio direto às famílias afetadas pelos incêndios florestais do concelho, nomeadamente no apoio à reconstrução e reparação dos danos causados na criação de condições que permitam restaurar a sua qualidade de vida”.
Quem quiser contribuir, recorda a autarquia, poderá efetuar uma transferência bancária ou um depósito na Conta Solidária: IBAN: PT50 0045 3454 4029 3172 9243 5 BIC: CCCMPTPL.
Os resultados e a movimentação da conta serão dados a conhecer, periodicamente, nas Reuniões de Câmara e Sessões da Assembleia Municipal.
Em Tábua, foram atingidas pelo fogo centenas de casas, 54 das quais habitações permanentes, anexos e barracões, além de um jardim-de-infância, uma capela e três palacetes, situados na freguesia de Midões. Uma exploração florestal, vocacionada para as exportações, teve “um prejuízo de dois milhões de euros”, existindo outras empresas de pequena dimensão e produtores agrícolas afetados e centenas de cabeças de gado bovino, ovino e caprino mortas.
Três pessoas do concelho estavam entre as 45 vítimas mortais deste incêndio que atingiu a região Centro a 15 e 16 de outubro.
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