“Estamos neste momento a verificar a estabilidade do edifício para ver se há condições de habitabilidade”, disse à agência Lusa o comandante do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa, Tiago Lopes, acrescentando que o prédio foi construído num misto de madeira e de pedra.
Segundo o comandante, “quase de certeza” que o último piso não terá condições de habitabilidade uma vez que “parte do telhado abateu”.
O edifício onde se deu o incêndio tem 10 fogos, mas só sete estavam habitados, num total de 11 pessoas.
Os moradores estão a ser contactados pelas entidades responsáveis e, “até agora, nenhum tem necessidade de realojamento, se tal for necessário”, indicou Tiago Lopes.
A rua Tenente Ferreira Durão continuava pelas 20:00 cortada ao trânsito porque “há elementos estruturais do edifício que podem estar em queda”, explicou à Lusa o comandante dos Sapadores.
Tiago Lopes disse ainda que a PSP está no local a investigar para tentar perceber qual foi a origem do incêndio.
De acordo com a página da Proteção Civil, pelas 20:21 ainda estavam no local 46 operacionais, apoiados por 16 veículos.
Fonte do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa adiantou esta tarde ao SAPO24 que quando os operacionais chegaram à ocorrência depararam-se com "a cobertura tomada pelas chamadas".
Durante o combate, Tiago Lopes disse à Lusa que “o prédio é de habitação, não está ninguém no seu interior, estamos agora, neste momento, a fazer ações de extinção na cobertura”, assegurando que “o incêndio está controlado”.
“Temos bastantes meios no local, mas está controlado”, reforçou o comandante Tiago Lopes, explicando que o incêndio deflagrou na cobertura de um prédio de habitação no número 19 da rua Tenente Ferreira Durão, na freguesia lisboeta de Campo de Ourique.
Em declarações aos jornalistas no local, o primeiro comandante do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa adiantou que todas as pessoas e animais que se encontram dentro do prédio no início do incêndio foram retiradas.
Sem contabilizar o número total, indicou que “não há vítimas a registar”.
“Quase de certeza que no piso de cima - as águas furtadas - vai ter de haver realojamento, mas ainda é muito cedo para esses dados, ainda não os temos, ainda estamos na fase do combate ao incêndio”, disse à Lusa Tiago Lopes, acrescentando que, se houver necessidade de realojamento, há essa disponibilidade por parte da Câmara Municipal de Lisboa.
Questionado sobre a origem do incêndio, o comandante do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa disse que ainda não há essa informação, destacando a ação “extremamente rápida” de combate ao incêndio, com o apoio dos Bombeiros Voluntários de Campo de Ourique.
Pelas 19:15, o incêndio estava “praticamente extinto”, com os bombeiros a trabalharem nas ações de rescaldo, referiu o comandante Tiago Lopes, apontando para um novo ponto de situação dali a meia hora.
No local, a essa hora, estavam “aproximadamente 60 operacionais”, desde os bombeiros aos operacionais da Polícia de Segurança Pública, da Polícia Municipal e do serviço municipal de Proteção Civil, apoiados por 27 viaturas, precisou o comandante.
Sobre o corte da rua Tenente Ferreira Durão, o comandante dos bombeiros explicou que vai continuar interditada ao trânsito “enquanto não houver segurança por parte dos operacionais para trabalharem à vontade”.
Após as ações de rescaldo, os operacionais vão “avaliar as condições de segurança e de habitabilidade do edifício”, inclusive para saber se há necessidade de realojamento.
Na passada sexta-feira, um incêndio numas águas furtadas de um prédio em Campo de Ourique fez alguns feridos ligeiros e obrigou à evacuação do edifício por precaução.
(Artigo atualizado às 20:49)
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