"Quero realmente chamar a Rússia à razão. (...) tem responsabilidades como membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas", disse Macron em declarações aos jornalistas após a cimeira do G20, no Rio de Janeiro, no Brasil.

"A Rússia está a tornar-se uma potência desestabilizadora mundial”, acrescentou.

O presidente francês também afirmou que pediu ao presidente chinês, Xi Jinping, numa reunião à margem da cimeira, que exercesse "toda a sua influência" sobre Putin para pôr fim à guerra.

“Pedi ao presidente Xi Jinping que exercesse toda a sua influência, a sua pressão, a sua capacidade de negociação sobre o presidente Putin para que ele cessasse os ataques", declarou.

Macron também abordou a suposta participação de outro aliado da China, a Coreia do Norte, que teria enviado milhares de tropas para lutar ao lado da Rússia, como uma razão para que Pequim intercedesse.

Na semana passada, o presidente americano, Joe Biden, autorizou, pela primeira vez, Kiev a utilizar mísseis de longo alcance fornecidos pelos Estados Unidos para atacar o território russo.

A tensão entre os países aumentou esta terça-feira, depois de a Ucrânia disparar mísseis americanos contra a região russa de Briansk, na fronteira.

O chanceler russo, Serguei Lavrov, também presente no G20, afirmou que a escalada abre uma “nova fase da guerra do Ocidente contra a Rússia”.

“Reagiremos de acordo”, alertou, em declarações, no Rio de Janeiro.