Num comunicado divulgado na rede social X, os procuradores anunciaram também que iniciaram um processo contra Edmer Trujillo, que foi ministro dos Transportes e Comunicações no governo liderado por Vizcarra.
Depois do anúncio, Vizcarra disse numa entrevista a uma televisão peruana estar satisfeito com a abertura do processo preliminar porque acredita que isso lhe permitirá provar a inocência.
O antigo chefe de Estado defendeu que o caso não tem fundamento porque os alegados subornos terão sido pagos a trabalhadores do Ministério dos Transportes quando ele ainda não era presidente e já depois de abandonar a presidência.
O Ministério Público do Peru já tinha confirmado no final de janeiro que estava a investigar a “suposta organização criminosa ‘Os Intocáveis da Corrupção’, que seria liderada por Martín Vizcarra e teria praticado atos de corrupção, entre março de 2018 e dezembro de 2020, para assumir cargos com fins ilícitos”.
A investigação incluiu buscas em 11 casas e a apreensão de seis bens imóveis e pessoais em Lima e na cidade de Moquegua, no sul do país, de onde Vizcarra é natural.
Os procuradores já tinham acusado Vizcarra de corrupção passiva, num outro processo, no qual pedem uma pena de 15 anos de prisão e mais nove anos de retirada dos direitos políticos.
O ex-dirigente já foi impedido de voltar a concorrer a cargos públicos em abril de 2021, após ter sido considerado culpado de obter a vacina contra a covid-19 de forma irregular.
Vizcarra faz parte de uma lista de ex-chefes de Estado peruanos processados ou condenados por corrupção em vários casos: Alberto Fujimori (1990-2000), Alejandro Toledo (2001-2006), Ollanta Humala (2011-2016), Pedro Pablo Kuczynski (2016-2018), e Pedro Castillo (2021-2022).
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