“Com todo o respeito pela Jordânia, Israel é um país independente”, afirmou o ultranacionalista Itamar Ben Gvir à estação emissora israelita Kan.
“Visitei o Monte do Templo e continuarei a visitar o Monte do Templo”, afirmou Ben Gvir, líder do partido de extrema-direita Otzma Yehudit.
As palavras surgem um dia depois de o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, se ter encontrado em Amã com o rei Abdullah II, da Jordânia.
No encontro, o monarca jordano transmitiu a Netanyahu a “necessidade de respeitar o ‘status quo’ histórico e legal na Esplanada das Mesquitas”, após o aumento da tensão na região desencadeado já este mês pela visita que Ben Gvir efetuou ao local.
O estatuto da Esplanada das Mesquitas impede que os judeus rezem no local, apenas os autoriza a visitar o local em horários predeterminados e a percorrê-la num percurso fixo, sempre acompanhados pela polícia, que tem a obrigação de evitar que os fiéis cumpram com as suas preces, transportem bandeiras israelitas ou objetos religiosos.
Israel assumiu o controlo do Monte do Templo e do resto da Cidade Velha de Jerusalém durante a Guerra dos Seis Dias (1967).
No entanto, permitiu que a Jordânia continuasse a manter a autoridade religiosa no local e, sob o acordo de paz, reconheceu o “papel especial” de Amã sobre os “lugares sagrados muçulmanos em Jerusalém”.
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