“Não sei se são verdadeiras ou falsas”, afirmou Steven Mnuchin numa audição na Câmara dos Representantes, sobre as informações publicadas na imprensa, prometendo, no entanto, esclarecer o assunto.
Segundo o jornal New York Times, vários funcionários do Deutsche Bank especializados na deteção de operações de branqueamento de capitais recomendaram em 2016 e 2017 que múltiplas transações envolvendo entidades jurídicas controladas por Trump e por Jared Kushner, casado com uma filha do Presidente, fossem comunicadas ao Departamento do Tesouro norte-americano, que supervisiona o serviço de delitos financeiros (FinCEN).
Mas, os dirigentes do banco alemão, que emprestou milhões de dólares às empresas controladas por Trump e Kushner, “rejeitaram as recomendações dos funcionários”, segundo o jornal norte-americano. O banco alemão desmentiu essa informação na segunda-feira.
“Vou garantir junto do FinCEN que o Deutsche Bank (…) respeita a política” em matéria de luta contra os delitos financeiros, disse Steven Mnuchin, acrescentando que vai também assegurar-se junto de homólogos europeus que “o banco alemão é corretamente regulado”.
O responsável disse ainda que está disposto a ser ouvido de novo na Câmara dos Representantes sobre este assunto, qualquer que seja o resultado do inquérito.
O New York Times afirmou que promotores imobiliários como Trump e o genro fazem, por vezes, operações significativas em dinheiro, incluindo fora dos Estados Unidos. Estas operações são particularmente escrutinadas pelos serviços de combate ao branqueamento de capitais dos bancos.
Em comunicado, o banco garantiu que nunca impediu que fosse comunicada qualquer atividade potencialmente suspeita e Donald Trump reagiu através de várias mensagens no Twitter dizendo que as informações eram falsas e acrescentando que o Deutsche Bank é um banco “bom e profissional”.
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