Luís Montenegro visitou hoje a 58.ª Feira Nacional da Agricultura/68.ª Feira do Ribatejo, que decorre até domingo no Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA), em Santarém, numa delegação que foi recebida pelo presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), Eduardo Oliveira e Sousa.
“Se não conhecesse o senhor primeiro-ministro há muitos anos diria que tinha ficado comovido com este rasgo de humildade, de ele vir reconhecer, sete anos depois de ser primeiro-ministro, a sua incompetência em resolver o assunto e a sua esperança de que seja o PSD a dar uma solução a esses problemas”, declarou.
Questionado pelos jornalistas sobre as declarações de António Costa, de que, após a sua tomada de posse como novo líder do Partido Social Democrata (PSD), o quer ouvir sobre a localização do aeroporto de Lisboa e a alta velocidade ferroviária, Luís Montenegro afirmou que responderá “a seu tempo”.
“Mas não quero deixar de registar esta confissão de incompetência, porque fica bem, é de facto uma atitude humilde, fica bem a um primeiro-ministro dizer que falhou, e ele falhou redondamente e rotundamente neste tema”, afirmou.
Sobre as palavras elogiosas proferidas de Cavaco Silva a seu respeito, Luís Montenegro afirmou que “são seguramente um incentivo”, por se tratar “de uma personalidade que é muito respeitada pelos portugueses e que tem uma experiência que mais ninguém tem, do ponto de vista da longevidade quer da ação governativa quer depois da Presidência da República”.
Para o novo líder social-democrata, na entrevista que deu à CNN, Cavaco Silva fez “uma análise muito correta da situação política e governativa em Portugal” e deixou “uma palavra de esperança e de estímulo ao seu partido” para que possa, de novo, “trazer um ciclo de progresso, de desenvolvimento como não houve” depois da sua governação na década de 1985 a 1995.
“É um líder histórico, carismático do PSD, que muito respeitamos, que faz parte do nosso património, do ponto de vista da nossa capacidade de realização e é até muito curioso que nesta altura se dê oportunidade às gerações mais novas, que não viveram a década de 1985 a 1995, de irem verificar como é possível mudar tanto um país, ao invés do que se foram apercebendo nos últimos anos, porque não muda nada, temos um Governo que é de empata, de empurrar com a barriga para a frente e de deixar tudo na mesma”, declarou.
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