Classificada como Monumento Nacional desde 1911, a igreja, que desde o início de 2021 estava a ser alvo de obras de conservação e restauro, vai reabrir no dia da cidade, 15 de maio, data que anualmente assinala a abertura da época termal.
A obra, orçada em meio milhão de euros, “contemplou trabalhos de limpeza da estrutura do edifício, tendo sido ainda restauradas esculturas de madeira, altares laterais, o altar-mor, a pia batismal, o órgão de tubos, os bancos da igreja e outros bens móveis”, divulgou hoje o Centro Hospitalar do Oeste (CHO), proprietário do imóvel que faz parte do património termal da cidade.
A intervenção foi financiada no âmbito de um protocolo entre a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), o CHO e a autarquia das Caldas da Rainha, à qual o Estado concessionou parte do património termal da cidade.
Em comunicado, o Conselho de Administração do CHO congratulou-se hoje com a finalização do restauro “há muito desejado e que garante a salvaguarda deste património”, que integra o património cultural e museológico do centro hospitalar.
A Igreja de Nossa Senhora do Pópulo começou a ser edificada em 1485, junto ao Hospital Termal mandado construir por D. Leonor, sendo parte integrante da obra assistencial deixada pela rainha que deu origem à cidade das Caldas da Rainha.
Construída inicialmente como capela privada do Hospital Termal, foi elevada a Igreja Matriz, devido ao rápido crescimento da cidade.
Da autoria de Mestre Mateus Fernandes, um dos responsáveis pelas Capelas Imperfeitas do Mosteiro da Batalha, tem a particularidade da capela-mor ter sido erguida sobre uma das nascentes termais.
A reabertura da Igreja será marcada pela celebração de uma missa pelo Cardeal-Patriarca, D. Manuel Clemente, ficando depois aberta até às 18:30 para visita da população.
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