“Esta é mais uma fase importante na criação de Redes Regionais de Formação e Especialização Digital, desta vez conseguida num acordo entre o IEFP e os Politécnicos para garantir a interligação das formações de âmbito superior nos politécnicos àquelas que são as formações para a qualificação profissional já dadas pelas escolas do IEFP”, disse à Lusa Manuel Heitor, ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
A ‘Parceria Competências Digitais +’ é um programa de formação em tecnologias da informação orientado para desempregados com formação de nível superior que será concretizado através de acordos de cooperação entre o IEFP e Politécnicos de diferentes regiões, com a participação de empresas de referência na área digital.
Manuel Heitor disse que numa primeira fase serão celebrados seis protocolos de cooperação entre Politécnicos e IEFP para dinamização de redes no Oeste, coordenada pelo Instituto Politécnico de Leiria; Cávado e Ave, coordenada pelo Instituto Politécnico do Cávado e Ave; Nordeste Transmontano, coordenada pelo Instituto Politécnico de Bragança; Castelo Branco, coordenada pelo Instituto Politécnico de Castelo Branco; Setúbal-Palmela, coordenada pelo Instituto Politécnico de Setúbal e Viseu, coordenada pelo Instituto Politécnico de Viseu.
“Trata-se de uma rede de ligação no âmbito regional para qualificar a população para os grandes desafios da era digital”, afirmou o ministro.
A ‘Parceria Competências Digitais +’ abrangerá até 1.500 formandos — desempregados com formação superior, inscritos nos serviços de emprego, a beneficiar ou não de subsídio de desemprego — e contará com um financiamento global de 3,5 milhões de euros por parte do IEFP até final de 2019.
“A iniciativa permite o desenvolvimento de novas competências, sobretudo em aspetos de transformação digital e a reorientação de competências, e também a especialização e aprofundamento de competências”, salientou o ministro.
A parceria abrange todo o país e concretiza-se através de acordos de cooperação específicos entre o IEFP e cada politécnico aderente. Os percursos formativos são desenhados pelos Institutos Politécnicos com empresas de referência, visando responder a necessidades específicas do mercado de emprego regional.
A iniciativa dirige-se a desempregados que, embora com qualificações de nível superior, revelam dificuldades de inserção no mercado de trabalho ou desajustamento de competências face às exigências da economia e do mercado de trabalho.
“Este programa é essencialmente focado nos desempregados, mas vem complementar outros programas já em curso nos Politécnicos para empregados e jovens, e por isso temos um leque diversificado de mecanismos nas chamadas Redes Regionais de Formação e Especialização Digital”, defendeu Manuel Heitor.
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