A medida foi apresentada tanto pelo BE como pelo PCP, o que motivou uma troca de argumentos entre a deputada bloquista Mariana Mortágua e o deputado do PCP Paulo Sá sobre qual a proposta que deveria ser votada em primeiro lugar, para se saber a quem atribui-la politicamente.
O deputado do PS Paulo Trigo Pereira - que presidia aos trabalhos da comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa quando a medida foi colocada à votação na especialidade - sugeriu que fossem votadas simultaneamente as duas propostas e que os serviços harmonizassem depois a redação final do artigo, uma solução a que o PCP se opôs e com que o BE concordou.
Ainda numa situação de impasse, o presidente da mesa chamou os grupos parlamentares do PSD e do CDS-PP para darem a sua opinião, tendo o deputado social-democrata Duarte Pacheco dito que a situação parecia "um concurso para ver quem consegue ver as suas propostas aprovadas" e a deputada do CDS-PP Cecília Meireles lamentado que "para alguns importe ver quem é que põe um 'outdoor' com a medida".
Ao fim de quase meia hora de discussão, acabaram por ser votadas as duas propostas - primeiro a dos comunistas e depois a dos bloquistas -, tendo ambas contado com os votos favoráveis do PS, do PCP e do BE e com a abstenção do PSD e do CDS-PP.
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