A nova recomendação da OMS visa "ajudar a preservar a eficácia dos antibióticos que são importantes para a medicina humana, reduzindo o uso desnecessário em animais", segundo uma nota de imprensa publicada hoje no portal da instituição.
A OMS assinala que a utilização excessiva e indevida de antibióticos em animais e pessoas contribui para a "ameaça crescente da resistência" das bactérias a antibióticos.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, alguns tipos de bactérias que causam infeções graves em humanos "já desenvolveram resistência à maioria ou mesmo a todos os tratamentos disponíveis", havendo "poucas opções promissoras" em termos de terapêuticas alternativas.
Para a OMS, o uso de antibióticos em animais saudáveis só deve ser considerado para prevenir doenças que tenham sido diagnosticadas noutros animais da mesma espécie.
Sempre que possível, deve ser verificado nos animais doentes qual o antibiótico mais eficaz para tratar a infeção.
Em alternativa à utilização de antibióticos em animais, e como medidas de prevenção de doenças, a OMS aconselha, designadamente, o reforço da higiene e da vacinação e mudanças nas práticas de criação de gado.
Apesar da recomendação, o uso de antibióticos para estimular o crescimento de animais para consumo humano já é proibido na União Europeia desde 2006, sendo que algumas cadeias alimentares adotaram a política de fornecer carne sem antibióticos, salientou a OMS.
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